Segui a planilha do Vinícius, mas apenas pedalei e fui para a piscina. Correr ficou difícil por conta de uma bolha no pé.
O engraçado é que fiquei louco para correr, mesmo depois do trauma de correr 21 km quebrado em Cuiabá.
Fiz um bom treino na USP, de bike e corrida, ambos leves. Como tive insônia entre sexta e sábado, estava com muito sono e cansado e não fui treinar no domingo. Acordei as 11:00, evitei um almoço pesado. Descansado, consegui ler a tarde os jornais e revistas que comprei e assistir aquele jogo horrível do Brasil. Mas valeu pelo descanso mental.
Entretanto, devo confessar que não o cenário da Prova continuou me incomodando. Por quê quebrei? Não admito de forma nenhuma que não tinha condições de fazer o ciclismo da forma que fiz e, depois, correr.
Em uma conversa com o Chico, entendi o que aconteceu: a alimentação na bike!
Substitui a o Glicodry pela Gatorade nos treinos no Riacho mas, atenção: lá eu me alimentava também de gel e bananinhas.
Em Caiobá, foi apenas o Gatorade. Ingeri 750 da minha caramanhola e goles nas caramanholas dadas pela organização. Entretanto, esqueci de um detalhe: enquanto 500 ml de gatorade tem 144 calorias, o Glicodry tem 224 em 300 ml (uma porção).
Ou seja, na prova, durante três horas, eu consumi menos de 300 Kcal!
O Vinícius me alertou que 300 kcal seria, no mínimo, POR HORA!
NO MÍNIMO!
Ainda segundo ele:
Se você conseguir tolerar 400-500, melhor ainda. Eu lembro quando competia, mandava era 600, e atribuo isso a ter andado bem nas provas de IM. Ironman não é sobre fitness, e sim estratégia de ritmo e nutrição, a fitness só importa até a largada.
Então, Gatorade por ser bom para treinos ou provas curtas, mas muito pobre como fonte energética para provas de endurance.
Isso não explicaria, de alguma forma, a quebra na Maratona de São Paulo nos últimos quilômetros em 2008? Lembro que ingeri apenas alguns goles de gatorade em pontos específicos da prova e meu gel tinha apenas 80 Kcal. Mesmo tomando vários, pequenas concentrações de calorias representam quase nada em provas de longa duração!
Bom, o ponto positivo foi isso ter acontecido antes do Iron. Vou ter rediscutir um energético com concentração calórica mais alta, pois esse erro não posso repetir em Florianópolis.
Um comentário:
Reposição energética é tudo para um atleta... eu tenho algumas crises de hipoglicemia quando tenho um treino mais intenso de TKD e não me alimento como o habitual (jantar leve 1h30 antes do treino). Como diz meu mestre, junta o tornado com a miséria e já se viu... não chego a desmaiar, mas o tremor nas mãos denuncia. Meu metabolismo é rápido e é importante respeitar esse ritmo biológico. Ainda estou em fase de experimentação... bjs!
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