segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A pequena servidão

No último ano, dois filmes emplacaram trazendo a tona a temática da escravidão e do racismo nos Estados Unidos: "12 anos de escravidão" e "Um Mordomo na Casa Branca".

Caso fosse apenas um filme que registrasse de forma intensa a violência brutal imposta aos negros durante a escravidão, o filme não seria uma novidade. Mas 12 anos de escravidão é mais do isso: mostra as terríveis consequências de se viver em um mundo em que você pode desaparecer subitamente, ficando subordinado a vontade de quem em um átimo é capaz de lhe retirar toda a humanidade.

Por esse prisma, o filme tem uma mensagem universal, pois retrata a vulnerabilidade dos que foram (e são) alvos do arbítrio de um grupo em qualquer tempo e em qualquer lugar.

Já "Um mordomo na Casa Branca" acentua uma violência de outro tipo, isto é, a submissão sócio-cultural dos negros na argamassa que serviu de base para a construção da identidade dos Estados Unidos como nação.

Ainda que sujeito a todo tipo de critica que é comum (e justa) aos Blockbusters, trata-se de uma boa história sobre um homem que encaminha a vida de maneira relativamente bem sucedida na sociedade de classes americana da forma que era possível - sendo um negro doméstico.

Desde cedo o personagem de Forest Whitaker aprende que "para sobreviver entre eles" a regra de vida mais importante era o aprendizado de existir sem ser notado - coisa que talvez cause estranheza em nossa experiência atual, já que os indivíduos hoje querem ser notados antes de existirem.

"Você tem que apenas entender e antecipar o que eles querem. Você não ouve nada, não entende nada, apenas obedece"

Ao longo do filme presenciamos os momentos mais importantes da vida americana na luta contra o segregacionismo em vários estados americanos - e não são poucos os momentos em que você fecha o punho, tal como a cena da lanchonete, em que jovens brancos e negros são humilhados física e psicologicamente por recusarem a aceitar a segregação dentro do estabelecimento.

Mas uma das coisas que eu tenho a oportunidade de notar é que a nossa indignação fica na sala de projeção; temos uma profunda capacidade de empatia vendo um filme, mas ela não é capaz de mudar nossa percepção do que ocorre a nossa volta.

Um sábados desses, eu no mercado com poucas embalagens coisas me dirijo a fila para clientes com até 15 volumes. A minha frente, uma senhora passava suas coisas pelo caixa e questionava se as promoções estavam corretas - sem se preocupar muito com a pressa, olhava mercadorias perto do caixa a procura de outras ofertas.

No carrinho dela, entre compras como água, carne, biscoitos e refrigerante, havia pelo menos 12 alvejantes - ou seja: não era necessário usar os dedos para contar mais volumes do que era permito.

Na minha vez, perguntei a menina que estava no caixa por que ela teria atendido a senhora, já que ela não devia estar naquela fila, "Ela disse que não havia ninguém foi me passando as coisas. O senhor sabe, eu não posso dizer nada porque sempre sobra para gente".

A funcionária do estabelecimento pertence a um grupo demográfico muito comum - uma jovem
a provavelmente ensino médio e filhas de migrantes, mas nascida em São Paulo.

Já a senhora era a descrição viva da chamada "elite branca" paulista, mais especificamente a espécie tradicional que reside aqui na Zona Norte e cuja figura me lembra em tudo as chamadas "Senhoras de Santana" da década de 80.

Caso alguém tenha dificuldade com categorias sociais e ache que "elite branca" ofende, recomendo um exercício mais simples: observe o perfil das pessoas alocadas na sua empresa em funções precárias ou de terceirização.

Observe os garis, porteiros, entregadores, vendedores ambulantes, motoristas, ajudantes, pedreiros, empacotadores, seguranças, chaveiros, frentistas, encanadores, serventes, lixeiros, eletricistas, caixas, estoquistas, costureiras, atendentes, garçons, motoboys, carteiros, manicures entre tantas outras semelhantes.

Não bate um certo estranhamento que pessoas sejam pagas para limpar o banheiro da sua empresa, chamadas de "tiazinhas", tenham histórias de vida tão parecidas e tonalidade de pele idêntica?

Decorrente do fato de você ter vindo ao mundo e encontrá-lo já assim, é provável que ache isso comum, resultado de um processo de seleção natural que cataputa os mais fortes para a cabeça da hierarquia social por seus próprios méritos.

Ou então que é apenas o tal "cerumano" explorando outro "cerumano".

Um amigo, Miguel Matteo, me contou uma experiência que ele viu em Roma no tempo em que morou lá.

Vale a pena narrar aqui.

Um casal de brasileiros chega em uma loja e o marido insiste que a mulher deveria levar um vestido.

A mulher recusa. O marido insiste várias vezes. A invés de simplesmente dizer que tinha preferência por outro modelo, a mulher começa então a dar um apanhado sobre os problemas do tecido, da cor e do caimento do vestido que o marido tinha gostado.

Nesse momento, o vendedor se dirige a ela e comenta "Minha senhora, caso não queira levar a peça, basta conversar com o seu marido sobre as suas preferências e as dele - mas, por favor, não coloque defeitos que não existem na peça porque ambos não sabem lidar com discordâncias".

Em sociedades em que o liberalismo tem algum fundamento em termos de igualdade, as relações comerciais têm dimensão apenas econômica, isto é, não há conotação pessoal entre quem oferece e quem compra mercadorias e serviços.

Você apenas compra algo e esse "algo" não lhe dá o direito de agir como um "senhozinho" sobre os funcionários da loja.

Mas isso lá.

Já em um lugar onde o marketing se mistura com os hábitos herdados do passado escravista, dá um bicho diferente.

A idéia do "cliente sempre tem razão" em estabelecimentos comerciais não raro se traduz em outra de igual valor: "a elite sempre tem razão".

Mas a dita elite não se vê assim. Como é pouco instruída e não tem noção do seu papel, acha que já basta ser benevolente para ser socialmente relevante.

Por isso ela fica um pouco confusa e revoltada quando diz que não é "contra os pobres" - já que até tem alguns dentro de casa.

Quando se discutia a PEC das Domésticas, coisas assim vieram a público.

"Minha babá veio com um história sem pé nem cabeça, de que eu estou devendo todos os feriados em dinheiro, porque existem lei agora, onde ela tem esse direito. Estou meio tonta com atitude, decepcionada com a falta de educação e gratidão por tudo que fiz por ela, mas gostaria de saber se sou obrigado a pagar. Quando achamos que estamos com uma babá ótima, lá vem bombas!"

Por que a família de classe média quer se ver como uma entidade cheia "ternura" no espaço doméstico e retrógrada quando falamos em posições sociais mais compatíveis com o século XXI?

Porque a subordinação pessoal ainda lhe agrega privilégios econômicos invisíveis, não obstante bem concretos.

Ela se beneficia dos serviços da empregada como "ente da família"- assim como da da manicure, do pizzaiolo, do motobói ou o sujeito que fica na grelha na churrascaria - porque o trabalho informal lhe proporciona serviços baratos e, consequentemente, um padrão de vida bem acima do que a renda delas lhes permitiria em outros países.

Como dizem dois ex-professores meus, "A subida da renda os serviçais é contraditória com o nível de vida relativamente alto dos remediados".

Mas a benevolência sentimental tem tiro curto, pois quando as contas não fecham o que vinga é o pragmatismo da calculadora financeira. Ainda que ame ficar batendo o papo com os funcionários do prédio enquanto espera o neto chegar na van, esse é primeiro grupo a qual quer ver achatado quando há discussão sobre corte de despesas no condomínio.

E por isso prefere "adotar" a empregada doméstica, dar gorjetas em estabelecimentos comerciais e esmolas na rua.

E como é um poço de desconhecimento sobre história, acha que as disputas distributivas entre as classes ocorrem porque aquele senhor barbudo e o partido dele querem implementar o tal "bolivarismo comunista" no Brasil.

Aqui logo se nota o estrago do primário mal feito no retrovisor de quem se julga algo mais apto a tomar decisões políticas que os outros.

O que esses tontos não são capazes de ver é que essa escandalosa herança servil também põe no laço os mais bonitos, aqueles com profissão definida e que escovam os dentes três vezes ao dia.

De personal trainners, psicólogos, fisioterapeutas, acupunturistas e uma vasta gama de profissionais especializados pagos para cuidar do corpo, da alma e do cachorro dos endinheirados, quantos não são tratados como serviçais domésticos?

Transformados em pessoas jurídicas pelos seus contratantes, em que pese seu status, são profissionais que estão atrás dos caixas de supermercado no que tange ao exercício de direitos trabalhistas.

Eu não vou dizer que vejo gente morta, mas às vezes tem muita gente que morreu no Sul dos Estados Unidos da década de 50 e reabriu os olhos aqui no Brasil - muitos encarnados de donas de casa mal educadas, meninas mimadas, jovens arrogantes e até triatletas.

Não é assim quando um cliente chega em uma bicicletaria e fala com o dono e os mecânicos como se fosse rei e os funcionários sua corte? Não é interessante que o indivíduo que assiste um filme e fica indignado ao ver na tela negros enforcados por pequenos roubos seja o mesmo, o mesmíssimo, que escreve na internet que bandido que roubou a porcaria da bike deve morrer?

A cena do mercado me deixou remoendo.

Por quê não tomei frente? Por que não chamei eu a gerente? Por que não escrevo para o mercado questionando os motivos pelas quais eles não incentivam os funcionários a confrontarem quem dá a si  mesmo privilégios?

Em um texto inesquecível chamado "A liberdade de ver os outros" David Foster Wallace escreveu,

"Dois peixinhos estão nadando juntos e cruzam com um peixe mais velho, nadando em sentido contrário. Ele os cumprimenta e diz:

- Bom dia, meninos. Como está a água?

Os dois peixinhos nadam mais um pouco, até que um deles olha para o outro e pergunta:

- Água? Que diabo é isso?

Não se preocupem, não pretendo me apresentar a vocês como o peixe mais velho e sábio que explica o que é água ao peixe mais novo. Não sou um peixe velho e sábio. O ponto central da história dos peixes é que a realidade mais óbvia, ubíqua e vital costuma ser a mais difícil de ser reconhecida. Enunciada dessa -forma, a frase soa como uma platitude - mas é fato que, nas trincheiras do dia-a-dia da existência adulta, lugares comuns banais podem adquirir uma importância de vida ou morte."

(...) A liberdade verdadeira envolve atenção, consciência, disciplina, esforço e capacidade de efetivamente se importar com os outros - no cotidiano, de forma trivial, talvez medíocre, e certamente pouco excitante. Essa é a liberdade real. A alternativa é a torturante sensação de ter tido e perdido alguma coisa infinita.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A falta e a barreira

Caso não esteja eu enganado, pela primeira vez uma amadora brasileira foi pega no exame antidoping em uma prova de Ironman - não por conta das entidades tupiniquins, já que essas são mais eficientes em organizar eventos no que estes têm em comum com festas de casamento do que com uma competição limpa.

As dificuldades para dar conta dos problemas de vácuo todos nós já sabemos. A distorção de resultados é flagrante e a cultura é tão enviesada que, recentemente, um atleta em entrevista ao MundoTri admitiu ter alcançado a vaga para Kona pedalando em bloco e nada aconteceu.

E ele não é o primeiro.

Mas sobre o doping nós não temos sequer idéia. Os resultados das provas de Ironman veem melhorando horrores em cada faixa etária e evoluções muito rápidas sempre são suspeitas.

Só que colocar o guiso no gato ninguém foi capaz de colocar.

O que assusta no caso é que não estamos falando de lança-perfume, mas EPO - uma droga que parecia acessível apenas para competidores de alto nível mas, pelo que se vê, não são apenas os melhores equipamentos que profissionais e amadores compartilham.

Obviamente que os comentários nas redes sociais foram, em sua esmagadora maioria, de repúdio com tonalidades pesadas.

As redes sociais são como várias bocas grandes com muitos dentes -  e as vezes uma delas morde a mão do dono.

Se você quer aparecer na capa de revista, dar entrevistas em sites, angariar patrocínios com a imagem e aparecer no site do MundoTri diplomado para ir para Kona, não vale reclamar da exposição quando o ambiente ficar inóspito.

Exposição tem um custo e é ingenuidade achar que lá só tem apupos da "galera".

De outro lado, os que resolveram amenizar a situação montaram uma barreira com um arsenal de arremedos de inspiração bíblica: "vamos condenar o pecado, não o pecador", "não julgues para não seres julgado" e, se me lembro bem, "atire a primeira pedra quem nunca errou".

Acho curioso, pois no caso do Ivan Albano a atitude dos amigos foi semelhante: "Ele lá em cima colocou isso no caminho para servir de aprendizado" ou, em chave mais atual, #deuscomanda.

O argumento é de uma estultice que não vale ser rebatido com muita tinta.

O uso de exemplos arbitrários põe em pé de igualdade situações cujo grau de gravidade não guardam relação.

Quando tá todo mundo vendo um sujeito na roda do outro em um video, é costume aparecer alguém e disparar " Por acaso ninguém aqui já tomou multa de trânsito? Ninguém?".

Dói, mas é clássica.

Já a repreensão moral é recurso de retórica.

Ela muda o foco e inverte papéis; "opinião" vira "julgamento" e você nem precisa ter feito nada para ser suspeito - basta que um dia possa fazê-lo.

Como pecador nato, não tenho o que esconder.

Acho que todos os dias cometo pelo menos cinco erros entre a porta do apartamento e a saída do elevador do meu prédio. Até o metrô, outros tantos. Tenho multa de trânsito, já roubei o café na conta do restaurante e acho que hoje entrei no trabalho sem dizer "bom dia" para uma chata do administrativo.

Mas eu não tomo doping.

Mesmo pessoas que mal conseguem fazer o jogo da velha entendem de bate pronto que esse arrazoado de clichês mal disfarça nosso viés de julgamento: somos perfeitamente capazes da critica genérica, mas quando amigos ou conhecidos cruzam a linha, as coisas são um tanto mais nebulosas.

Quando o tal erro pega o interesse de alguém, os mesmos que dizem com ar de santo "não julgues" não pensam duas vezes antes de sair atirando paus, pedras, gato, cachorro, sofá de mola e tudo que estiver no caminho na cabeça do "pecador".

Outros, que são muito contundentes contra a corrupção e acham justo ver jovens amarrados em pau de arara no meio da rua por conta de pequenos furtos, ficam pianinho quando a coisa é com o(a) vizinho(a) que mora ao lado ou está na mesma assessoria.

Mas o que é angustiante é a forma como encerramos o assunto: uma carta.

Trata-se de uma resposta formal com trechos que nos fazem desconfiar da sinceridade do seu conteúdo.

"Fiz tudo sozinha....".

Pelo que sei, EPO só pode ser prescrita por médicos e em casos de tratamentos de doenças, como aids, câncer e insuficiência renal.

Ninguém vai perguntar como ela conseguiu acesso a essa substância? Se algum médico forneceu a receita? Se sim, ele ministrou?

Se não, quem forneceu?

Esse fornecedor tem relação com outros triatletas ou ciclistas?

Tyler Hamilton seria irrelevante se tivesse apenas escrito uma carta de desculpas sobre o doping no ciclismo. Ele não apenas forneceu as pistas para que a chamada  "Era Lance" desmoronasse, como ainda se tornou uma figura importante para a formulação de propostas por um ciclismo mais limpo.

Nesse processo, conseguiu aquilo que um Tour não seria capaz de dar naquele tempo - respeito, credibilidade e, sobretudo, paz.


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

As dez mais (e mais duas)

Em meio aquelas conversas de WhatSapp,  começou um bate e rebate sobre pedal no rolo e como cada um se vira para aguentar os treinos enfadonhos.

Vai pra cá, vai pra lá, a verdade é pouca gente abre mão do Ipod.

- Megadeth ou Nirvana, Green Day ouço de tudo nessa linha mais pesada.

- Metálica pra mim é básico, mas antes dos caras se venderem....

- Iron Maiden ou Judas Priest

- Sim, Iron Maiden.....

- Motorhead, ninguém fala nada do Motorhead porra!!!!!!

- Deep Purple era Covardale e Rainbow com o Dio...

- Dio cantava muito.....

- Eu gosto dos Bee Gees....

Sabe quando você fica com aquela sensação que jogou a bolinha na rede? ;-)

Muita gente consegue fazer rolo na frente da TV. Mas, quando os treinos são intervalados ou de força, eu não consigo dividir o foco entre o pedal e a tela.

E o que ajuda, mesmo, é a música.

A lista abaixo é o rol do que eu mais uso - não tem "tum-tum-tum" porque eu nem sei o que é "tum-tum-tum"....

Se soubesse, talvez usasse.....

Aquecimento vou de Apollo 440, Stop the Rock. Hoje manjadissima porque fazia parte de um programa de corrida, mas nem tanto quando o Carlão trazia novidades para a aula de spinning - tempos esses quando eu ia na academia com calça de moletom e camisa de algodão.




Nos últimos treinos para o IM de Fortaleza, minhas muletas foram o AC/DC. Muita gente sabe que a cada disco eles repetem o anterior que repete o anterior e que normalmente já que era muito parecido com anterior....

Dizem que em um entrevista uma jornalista perguntou ao Malcolm Young o que ele achava do grupo ter produzido 12 discos iguais durante a carreira.

Conta a lenda que ele se levantou e, dedo em riste, disse,

- Isso obviamente não tem nenhum fundamento e só mostra como os jornalistas hoje são desinformados

E completou:

- São 13 discos.....

Peguei três show na Argentina. Tem aquelas coisa de caras e bocas de shows de rock pós-MTV, tudo bem. Mas o som ficou bom....

A primeira Rock 'N' Roll Train. O Riff é legal, mas gosto mesmo do jeitão do Brian Johnson.

Uso para empurrar nos benditos tiros de três minutos.



Já Big Jack tem uma batida precisa e a música se alonga um pouco mais com uma cadência média. Pra mim é útil quando preciso de alguma coisa para não deixar o ritmo cair quando a tentação é ceder pouco antes do final.



E se o treino tem cadência alta? Ai eu me divido...

Whota Lotta Rosie




Ou L.A. Woman do The Doors, só que na pegada do Billy Idol.



As vezes está lá na planilha algo como um TT de dez ou quinze minutos - tenho algumas, mas Gimme All Your Love (claro, deixo na função repeat até dar o tempo)




Um dia estava comentando com um amigo porque eu achava o Robert Plant um cantor muito fora do comum quando ele era muito fora do comum - porque ele tinha o alcance vocal de uma mulher.

Rock'n Roll com Sherry Crowl é uma boa para uma cadência mais acelerada.




Quando a coisa entra nos treinos de cadência baixa, as referências mudam - mas ficam nos anos 70 e 80....e um pouquinho dos anos 90, vai.

Robert Palmer em Additec to Love hoje soa retrô, talvez.

Mas eu gosto do video e acho classudo.



Perfect Strange é a porrada que marca a volta do Deep Purple em 1984, na última formação original da banda antes dela virar cover dela mesma nas décadas seguintes.




Ozzy também trago das aulas de spinning. No More Tears tem o Riff de baixo mais fantástico que eu já ouvi.



Essa, idem, ibidem. Kashimir.

Normalmente quando todo mundo estava exausto, o Carlão entrava com Kashimir com cadência muuuuitooooo pesada para ninguém ficar pedindo para a aula continuar.

E dava certo.



E, findo o treino, vez ou outra, Bee Gees (eu falei...)