segunda-feira, 30 de agosto de 2010

70.3 de Penha
















Bem, para quem leu o post anterior - nada aconteceu de errado na prova.

Mas, não se enganem, pois meu pressentimento estava certíssimo. Não deu nada errado porque não deixei.

Tirado o caco de vidro do pneu, levei para a revisão, colocaram um pequeno manchão e lá aprendi a usar os cilindros de CO2. Ou seja, tudo que estava me causando ansiedade, eu tentei resolver.

Mas, não que, ao colocar a bike no
carro para a viagem, o mesmo pneu estava mucho!!!!

Éééééééé.

O jeito foi procurar o pessoal da Kona Bikes que estava em Penha. Deixei lá e, no outro dia, o mecânico que fez a troca me explicou que a câmara estava mordida.

Bom, sai na quinta ainda de madrugada. Sei lá o porquê, comprei um GPS que, teóricamente, estava com os mapas atualizados.

Putz, ainda bem que eu sabia mais ou menos onde onde fica Penha, porque se fosse seguir o tal GPS provavelmente estaria na Patagônia pedindo informações de como chegar em Santa Catarina.

Cheguei quebrado. Antes de ir para o hotel, passei pelo parque, peguei o Kit, comprei as coisas que me interessavam na Expo. O hotel ficava ao lado do Parque Beto Carreiro. Dava para ir a pé! Uma beleza.

Dormi um pouco. Acordei. Assisti um tantinho de novela porque não tinha canais pagos no quarto (só por isso, bem entendido). Enjoei. Tirei da mala as leituras programadas. Primeiro, finalizei um livro dos anos 80 que nunca tive saco de pegar, que é o conhecido "Cem dias entre o céu e o mar", do Amyr Klink. Não me arrependi, mas certamente esperava mais.

Depois comecei a leitura da biografia do Agassi, como comentei anteriormente. Numa tacada, foram 50 páginas - a narrativa é ótima, tiradas sarcásticas e inteligentes de um cara que sabe da vida mais que jogar tênis.

Bom, dormi. Levantei na sexta-feira, tomei café de hotel e me internei no quarto, esperando a chegada do Edú e do Felipe. Chegaram pelas 11:00 e fomos almoçar no "Tio Patinhas", porque
"lá disseram que a comida era boa" e que era "pertinho". Bom, boa não era mesmo, muito menos "pertinho".

Quando comentamos com o pessoal do Hotel, eles deram risada (mas ainda eram risadas). "Quem indicou?". Dissemos que tinha sido "o cara da portaria do Beto Carreiro".

"O cara da portaria?????"

Ai a gargalhada foi geral!!!!

Me senti um pato! Um pato em pessoa!!!!

Mas, enfim, fomos a feira e lá encontrei o Kiko (foto abaixo), que eu conhecia apenas virtualmente por meio do Blog dele e batemos um papo! Gente finíssima e terminou a prova com muita cãimbras e muita raça também!


Depois, fomos todos entregar o bike e as sacolas. No grupo já se somavam o Leopoldo,
o Caio e todas as respectivas amigas, noivas, namoradas e esposas. Tudo certo, tudo tranquilo. Todos já tinham experiência do Iron e não havia necessidade de acompanhar o Congresso Técnico porque a dinâmica é basicamente a mesma.

Fomos fazer um reconhecimento do percurso de bike e, depois, direto para o hotel.

No outro dia, já na área de transição, o Artur do Blog Triathlon um estilo de vida me chamou e na hora eu o reconheci, apesar da nossa comunicação ser apenas virtual também. Foi o único que dos que eu conhecia lá que fez a prova em menos de 5 horas, mesmo tendo participado do revezamento do Long Distance Rio duas semanas antes.

Bom, já na praia, fiquei junto com o Felipe e o Edú. A água estava muita fria e a gente (pelo menos eu e o Felipe, porque o Edú é insondável), nervosos.

Esse estado psicológico é involuntário. Não é pelo resultado, não é pelo desempenho, não é pelo medo de não ter treinado. Simplesmente acontece. O Agassi comenta que cada um lida com isso de um jeito. Correndo para o banheiro é uma delas. Mas esse momento já tinha passado.

O problema é que a largada é quase um susto. De repente. Não dá tempo para nada. Você ouve uma buzina e se joga para frente. Não dá tempo de raciocinar e muito menos começar a prova "numa boa", "tranquilo".

Abre Parênteses.

Engraçado é que os que sempre falam assim são são os primeiros que partem deseperadamente para água quando a largada acontece. Podem ver, saem lá de trás com tudo e vão pra cima mesmo! Parece até abertura de loja de departamentos em liquidação depois do final do ano.

Fecha Parênteses
Comecei a natação forte, seguindo a linha de nadadores na minha frente. Apanhei pouco. Só um pouco. Mas sair forte tem um custo e meus braços já estavam cansados logo na
primeira bóia. em compensação, não tive problemas para me localizar e fiz um natação forte.

Só que, no meu caso, não importa se é forte ou fraca, eu sempre faço em torno de 37 minutos.

A T1 demorou. Quase 5 minutos.

Fui para a bike e sai para o pedal mais puxado que já fiz na vida. Conversando com as pessoas que fizeram a prova, todos reconheceram que o pedal estava mais para um Triathlon Olimpico do que para um Meio Iron.

O piso da estrada era excelente e os aclives não eram tão fortes, favorecendo a percepção geral de que o pedal seria "fácil".



Bom, se você pedala 90 km em ritmo de TT, você deve reconsiderar seu conceito de "fácil".

Doeu!

Obviamente, muitos pelotões. Chateia. Como diz o Chico Ironman, usar o vácuo é o mesmo que cortar caminho. Achei a fiscalização pífia. Você pesca um, pesca outro, mas as penalidades deveriam ser em massa.

Eu fiquei praticamente todo pedal em um disputa com três ciclistas. Chamou a atenção um rapaz, muito acima do peso, mas que socava o pedal de forma alucinante. Eu passava abria nas subidas, mas no plano ele e outros dois me alcançavam e abriam. O vento era fraco, pouco atrapalhava (ou ajudava).

Tudo dentro da mais pura lealdade. Em algum momento, pensei que aquela disputa poderia me prejudicar, mas estava me alimentando corretamente - desta vez, deixei de lado os sólidos e tomei quatro (ou cinco) sachês de GU. A água tinha um pouco de Glicodry. Mas muito pouco.

E bastou isso. Como eu não tenho problemas com gel, ainda tomei outros na corrida.

Mas não gostei do resultado da pedal. Fiz para 2:45 (média de 32,5 km/hora), tendo a firme expectativa de realizar um tempo abaixo de 2:37, tal como consegui em Pirassununga (onde o percursos é menos favorável).

Minha sensação era de que nunca tinha pedalado com tanta intensidade, mas não deu.

Desci da bike com as "pernas bambas". Tirei a sapatilha e "corri" para barraca. Fiz a T2 em 2:45.
Como comentei com o coach, para mim a corrida no triathlon é "de graça". Eu saio para correr sempre com as pernas muito soltas, como se não tivesse pedalado antes. Não faço força, pois apenas executo passadas rápidas e curtas (mais de 90 por minuto). É como se eu não estivesse correndo, mas andando muito rápido.

No quarto quilômetro dos 21, estava tão fácil que, tirando o sol, achei que estava "agradável". Mas diminui. Medo mesmo. Tomava Gu, Gatorade e Coca-Cola nos postos de abastecimento. Retomei o ritmo mais puxado apenas na parte final, faltando 2 km para completar a meia.

Fiquei feliz por ter feito a Meia em 1:52, com pace de 5:17. Para quem "não correu", é uma ótima marca.

O Resultado final foi de 5:22. Não gostei frente a minhas outras provas com o mesma distância. Fiquei longe dos 5:15 de Pirassununga em 2008 e mais ainda dos 2:08 de Caiobá esse ano.

Mas, aqui entre nós - acho que as distâncias do Long Distance não são precisas. Todos comentam que em Caiobá o percurso da pedal é quatro quilômetros mais curto. Não tenho certeza, mas desconfio que isso realmente acontece.



O resultado segue abaixo:

EventoIRONMAN 70.3 - PENHA/SC
Número de peito269
SexoM
CategoriaM4044
Equipe
Tempo Final05:22:51.80
Swim00:37:24.30
T100:04:56.35
Bike C100:03:40.85
Bike C200:21:04.45
Bike C300:47:23.50
Bike C401:13:20.05
Bike C501:39:45.00
Bike C602:05:56.35
Bike C702:33:29.45
Bike02:45:50.55
T200:03:03.75
Run C100:30:48.05
Run C201:23:05.30
Run01:51:36.85
Velocidade Média Natação3.04
Velocidade Média Bike32.5
Pace Corrida00:05:17
Velocidade Média Corrida11.3
2 Rank Cat Bike46
Rank Run258
Rank Cat Run37



segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Semana de Treino e uma Intuição.


Justo eu, que sempre falo da "preguiça covarde", não tive coragem de fazer o pedal de domingo. Até levantei, mas fiz o que a gente nunca deve fazer nessa situação: pensar.

Você senta no sofá, pega a planilha e lê: "no máximo três horas BEM LEVE, descansando para Penha." Ai você pensa: nem o coach quer que eu vá treinar hoje

Claro que é mentira...mas pensei que, se eu podia pecar, aquele era o dia.

E voltei para cama.

Obviamente, dormi bastante e, quando levantei, pensei "putz, se eu tivesse ido pedalar, nessa hora já teria acabado"...

Essas coisas são típicas de pessoas disciplinadas. As vezes gostaria de não ser uma delas.

Bom, outra coisa muita estranha - tenho péssimo pressentimento para Penha. Estou cismado que meu pneu, que não furou ainda, vai me deixar na mão.

Ai fico pensando que ainda não testei esses pequenos cilindros de ar comprimido, que não tentei tirar o pneu da roda de carbono, que o Mr. Tuffy do pneu dianteiro pode estar podre e, será troquei (o traseiro furou minha câmara no Iron)?

Bom, eu troco pneu toda hora por conta do rolo. Nem acho coisa do outro mundo, mas essas malditos cilindros, nessas rodas de carbono....Sei lá, mil coisas!

Pois bem, não é que levantei hoje para dar uma olhada nas rodas de carbono e, pimba, tem um caco de vidro cravado no pneu?

E não é gente? Yo no creo en las brujas; pero que las hay, las hay

Bom, semana bacana. Voltei a treinar de manhã e a noite alguns dias na semana.

Mas treinos curtos, rápidos. A estratégia do Vinícius - está mantendo o condicionamento do Iron e investindo em velocidade/força.

Ganhei peso, mas estou mais forte - os treinos na água são intensos e me deixam com o tronco maior, assim como os braços. Agora entendo um pouco porque os caras que fazem Iron tem uma estrutura muscular e os caras de triathlon olimpico, outra.

Na segunda-feira, uma corrida pela manhã. Aquecimento, e 40 minutos, sendo 3 forte e 1 fraco. Mas não consegui levantar e encarar o frio! A solução foi encadear os dois treinos a noite na Runner. Encaixei uma boa natação, com um treino de 25 metros forte/25 fraco, 100 metros com palmar forte e 100 metros com pulbóia fraco. Depois, corri na esteira.

Na terça, rolo. O principal do treino: 45 minutos, sendo 2 minutos Big Gear de moderado a forte e um de descanso. Acho esse treino técnicamente muito importante, pois te dá consistência, um padrão de pedalada - não importa se você está em uma subida ou em reta, seu estilo de pedal é o mesmo.

Quarta-feira, estava frio - mas fui correr pela manhã no Campo de Marte. No caminho, menos covardes que eu, encontrei a Yeda (que encarou correr na rua segunda-feira) e, depois, o Sandro. Trocamos algumas palavras e toquei um treino de uma hora, intervalado. A noite, 50 minutos com palmar e pulbóia.


Quinta-feira, uma hora de bike, progressivo. Mas doeu - 20/20/20. Os últimos 20 você coloca no Big Gear e pedala forte. Coloquei um show da Tina Tuner na Holanda que gravei na Sky. Além de um excelente show rock, as meninas que dançam com aquela mulher...vou te contar! As vezes, a coreografia, com coisas típicas que ela fazia nos anos 60 e 80, é meio estranha, desengonçada, mas...não é que dá certo? Até ajuda você a ficar clipado com o pescoço erguido, tal como nos treinos outdoor. Mas as pernas ficaram dolorida...(vocês entenderam, certo! As minhas pernas gente!)

















Sexta-feira, natação novamente: 300 metros fraco/moderado/forte x 3. Bico.

Sábado, longo de 1:40. Levantei cedo e encontrei o Sandro fazendo o treino dele no Campo de Marte. Fiz um pouco o treino dele, um pouco o meu e terminei beleza.

A tarde, fui na cultura buscar a Triathlete Magazine. Aproveitei para comprar a biografia do Agassi (indicação da Cláudia e pela animação do Joel com o livro) e também "+ Corrida", do Rodolfo Lucena - que, apesar de poucas páginas lidas, estou achando excelente.





domingo, 15 de agosto de 2010

Semana de Treino



Essa semana começou com um day-off logo na segunda. Por questões de trabalho, fizemos uma reunião em um bar da Vila Madalena.

Eu não costumo ir a bares e muito menos gosto de circular na Vila Madalena a noite. Pra mim, fica sempre aquela imagem de lugares saturados, com filas de espera enormes e amontoadas com homens esperando em pé sei lá o quê acontecer.

Você entra no bar, senta e um cara coloca um copo na sua frente com um chopp. Você pediu? Não. Diz que não quer "choppinho" e o sujeito te olha como um E.T. Começa a conversa e está todo mundo gritando, porque as mesas ficam muito pertinhas umas da outras e, conseqüentemente, você ouve quem não quer e não ouve quem fala com você.

E ainda falam que eu sou "doido" levanto de madrugada para ir treinar nos finais de semana...

Bom, essa semana começou mesmo na terça-feira, com um treino no rolo daqueles que gosto bastante: aquecimento, depois 1 minuto forte/1 minuto fraco por 20 minutos e, para terminar, 2 minutos Big Gear moderado e 1 fraco por mais 30.

Na quarta-feira, um treino mais curto ainda: aquecimento, depois mais 30 minutos de corrida, sendo 30 segundos forte e 30 solto. Fiz no Campo de Marte e, mesmo com muito frio, um treino como esse você não tem problema para fazer.

Quinta-feira, piscina - nadei 2.900 metros no total, mas foram 3 x 800 metros progressivo com palmar e pulbóia. Fiz sem problemas e com bom ritmo.

Sexta-feira, 40 minutos de rolo, sendo 5 x 6 minutos Big Gear e 2 solto. Como já comentei, gosto de treinos em que tenho que fazer força, mas detesto aqueles de intensidade que estrangulam o sistema cardiovascular - aliás, por isso que prefiro esporte de endurance.

No sábado, a planilha do Ironguides programava 2 horas de corrida. Fui para USP bem cedo e logo no estacionamento encontrei o Joel (http://corredordisciplinado.blogspot.com/). Ele guardou o mp3 e fomos correndo e conversando, correndo e conversando, correndo e conversando...resumo: 3 horas de longão!

Depois, paramos e ficamos batendo papo com o pessoal da Find e o Fernando bateu uma foto com a Guga, dado que o Edú estava pagando uma para a Cicareli e esqueceu a namorada. Olha a cara de preocupada dela....

No domingo, eu já tinha decidido que iria fazer rolo porque não iria encarar o frio de 12 graus que estava previsto para SP no começo da manhã - bom, imagina então que temperatura seria a do Riacho Grande no mesmo horário. Fiz um treino de força, com baixíssima cadência.

Bom, outra coisa bacana são as entrevistas que o Xampa vem fazendo com os Blogueiros sobre lesões. Tive a satisfação de participar e agradeço ao generoso convite que ele me fez para responder algumas perguntas.

Estão lá também o Ciro Violin, Alberto Peixoto, Jorge Cerqueira, o Joka e o Rafael Pina - isso, por enquanto....

O endereço do Blog do Xampa é http://blogdoxampa.wordpress.com/







domingo, 8 de agosto de 2010

Semana de Treino

Uma semana sem grande novidades. Apenas me chamou a atenção a continuação dos treinos curtos - bike, natação ou corrida.

Quando acostuma-se com exercícios longos voltados para as provas de endurance, há uma certa má vontade com treinos curtos - você olha a planilha, vê que terça-feira tem treino de 50 minutos de natação ou um pedal de 45 na quarta, sendo que apenas e tão somente os últimos 15 minutos serão de intensidade mais forte.

A primeira coisa que tem vem na cabeça é: para fazer isso, não vale a pena sair de casa.

Mas, sim, vale. Vááááleeeee mesmo!

Segunda-feria, foi um treino mais ou menos assim. Ainda no trabalho, conferi a planilha e estava lá: 10 x 25 forte com palmar, 45 segundos de intervalo, mais 200 solto e finalmente 2 minutos solto. Isso quatro vezes. Pensei que com esse tempo de intervalo eu iria esfriar na água e passar frio de tanto esperar. Fora que fazer 25 metros forte com palmar é tão fácil que eu nem tiro a cabeça da água.

Ao sair da piscina, entretanto, uma ótima sensação de bem-estar. E você pensa depois: por quê treinos que não te fazem "sofrer" não devem ser feitos com dedicação? Sempre há um ganho nessas atividades e se está programado, seu técnico teve um bom motivo para fazer isso.

De outro lado, ao sair de casa, se você é solteiro evita a rotina covarde de ficar a noite no sofá sem absolutamente nada para fazer a não ser assistir reprises das séries que você gosta ou ficar na internet.

Na terça-feira estava sem bike que foi para a revisão e não pude treinar (mas podia, fazendo o treino em uma bike de spinning da academia, como foi na sexta - então trata-se daquelas desculpas esfarrapadas).

Quarta-feira, mesmo em uma noite gelada, fui correr no Campo de Marte. Outro treino de mais ou menos uma hora, com tiros curtos e bom intervalos de descanso. Nada complicado.

Quinta-feira, voltei para piscina - 25 minutos com palmar e pulbóia fácil e mais 25 moderado com os mesmos acessórios. Ótimo treino de manutenção que pode ser usado para melhorar a técnica de braçada e rotação do tronco na água. Fora isso, como não há obrigação de contar o número de chegadas e o esforço é contínuo, é possível nadar com muita descontração.

Sexta-feira, peguei a bike - mas não queria trocar o pneu para colocá-la no rolo porque, pensava eu, sábado teria que desfazer tudo de novo já que estaria na estrada domingo. Fui para a Runner e fiz um treino excelente em uma bike de spinning - 3 minutos forte e 2 fraco (total de 50 minutos). É duro, mas há um limite para o esforço - quando começa a ficar insuportável, dois minutos de descanso.

Sábado, 2 horas de corrida. Resolvi ir para a USP. Queria variar um pouco e pegar uma altimetria mais difícil, apesar do treino exigir um esforço fraco na primeira hora e moderado na segunda. Além disso, iria testar o novo Newton que comprei - morrendo de raiva do preço no Brasil, que é uma extorsão! Mas esse assunto fica para outro post...

Fui dar algumas voltas dentro do bosque da USP, a fim de testar o tênis em uma pista de terra batida, aproveitando a dica do Edú Carvalho. E para minha surpresa, o percurso ali é mais extenso do que aquele que eu achava. Seria excelente, não fossem os chachorros que ficam por ali....

Sai de lá e fui correr na rua, subindo e descendo aquela "simpática" subida da biologia. Depois encontrei a Guga e o César da Find e aproveitei para correr com eles. Ambos estão se preparando para os 600k da Nike e estavam fazendo um longo. Peguei o ritmo deles e a conversa foi tão boa que completei o treino com 15 minutos a mais, mas nem me dei conta.

Domingo, eu achei que iria pedalar no Riacho Grande, mesmo sabendo que teria que fazer um treino de 3 horas e voltar correndo para ir almoçar com o meu pai. Só que, a acordar as 4:30 da manhã, minhas pernas estavam tão frias que pensei no sofrimento de pedalar com vento no final da madrugada. Não tive dúvidas - armei o rolo na sala e fiz um treino de 3 horas no Coroão, assistindo televisão.

Fui almoçar e aproveitei para dar um pulo na livraria cultura. Comprei alguns livros e a Triathlete Magazine, que considero leitura obrigatória.

domingo, 1 de agosto de 2010

Semana de Treino

Não sei onde li isso, mas alguns treinadores indicam que com certa periodicidade, vale a pena a execução de alguns treinos mais fortes - não "treinos fortes" conforme indicam a sua planilha semanal. Trata-se de um treino na qual testa a si mesmo sem uma programação específica para tanto.

Antes do Iron, fiz alguns treinos de 4k assim, em que conseguia fazer menos de 10 minutos para cada 500 e menos de 20 para cada 1.000 metros. A distância era programada, mas a intensidade foi por minha conta. Depois do meu relato, o Vinicius acabou adotando esse treino por algumas semanas - eu queria saber se eu estava realmente melhor ou se era apenas um bom dia de treino.

Isso me deu confiança, porque eu não estava colecionando bons resultados na água nas últimas provas de 2009 (Pirassununga e TB de dezembro).

Hoje, domingo, fiz um treino assim no Riacho Grande. Estavam programadas de três a quatro horas de treino. Comecei as 6:30, mas com pouca disposição - posteriormente, me agreguei a Deise, Tiago e Edú que estavam por lá - percebi que estava bem. Quando o Edú Carvalho chegou, saimos em duas voltas rápidas de 15 km em ritmo de TT para fechar 80 km.

Pedalando com a cadência pesada, noto que eu estou bem mais forte agora do que em março, abril e maio (o que não significa que esteja com a resistência dessa fase pré-Iron).

Esse treino foi importante porque agora sei que posso chegar em Penha e tentar um pedal, no mínimo, como aquele de Caiobá. Como não tenho grande pretensões para prova, seria uma boa meta repetir me aproximar do meu melhor tempo (total de 5:08)

Sinto que esse incremento de potência vem dos treinos que executo no rolo - curtos e de muita qualidade (entre 45 minutos e uma hora no máximo).

Para quem teve uma agenda pesada no primeiro semestre, além do alivio físico, treinos assim ainda servem como descanso mental, com a vantagem de me agregarem condicionamento e potência extra.

Mas vamos a semana de treino.

A semana começou com um treino longo de 3k na piscina. Foram 5 x 600 metros, esses dividido em 2 x 300, 6 x 100 ou 1 x 600 metros. Embora a planilha pedisse um ritmo fácil, acabei fazendo um treino moderado - aliás, tirando a corrida, eu tendo a executar os treinos "um tom acima" do pedido.

Na terça, um treino de 50 minutos, sendo o principal dois TTs de 15 minutos com 10 minutos de intervalo. Apesar de parecer fácil, eu pedalo com força e dificilmente consigo executar os 15 minutos. No décimo, já estou mal. Enfim, treino curto, mas dou o máximo. Desde de que feito em cadência baixa, é o tipo de treino que ajuda muito. Quando vejo como os triatletas sofre nas subidas, penso como esse tipo de exercício poderia ser útil para fortalecer as pernas.

Na quarta-feira, cumpri um treino de corrida: depois do aquecimento, 50 minutos, sendo 4 moderado e 1 fraco. Estava sentindo a musculatura da perna em função do treino no rolo no dia anterior - mas como o ritmo era moderado, consegui cumprir o treino sem problemas.

Quinta-feira, novamente natação: 2k, sendo 50 forte com palmar e 50 fraco com pulbóia. Novamente, um treino forte mas com períodos de recuperação bem ajustados. Sai da piscina muito bem!

Aliás, noto também o seguinte: treinos com palmar deixaram minhas braçadas lentas, mas muito fortes. Ao longo do tempo, atravesso a piscina de um lado a outro com um número de braçadas cada vez menor.

Na verdade, eu nado da mesmíssima forma que pedalo, isto é, com baixa frequência.

Sexta-feira, novamente o rolo: 3 minutos moderado com Big Gear, 1 minutos solto, 1 minutos forte, 1 minutos solto até completar 42 minutos (descontado o tempo de aquecimento). Novamente, treino curto e de qualidade. O tempo de recuperação é ideal para a execução do esforço tal como é pedido na planilha.

Sábado, longo de 1:45, sendo o principal 45 fraco e 45 moderado. Fiz correndo dentro do Campo de Marte e em volta no Anhembi. Dia lindo, corri bem cedo e ainda batendo papo com o Sandro, que estava no final do treino dele.

Domingo...bem, domingo tá lá em cima!