sábado, 9 de junho de 2012

A High Society Triatlética

Passada a fase de inscrições para o IM 2013, ferve por uma discussão bem acalorada sobre o preço, forma de pagamento e as condições de inscrição - um processo que ano a ano vem se tornando mais estressante em todos os sentidos.

Pelo que andei percebendo nos fóruns, as pessoas gastam horas discutindo o comportamento das outras pessoas. Ai a discussão descamba até sobre a bicicleta que o sujeito tem.

Não é porque as pessoas se abrem um pouco no Facebook que isso nós dá o direito questionar as bicicletas caras "daquele sujeito que não anda nada" ou fato dos individuos "x", "y"ou "z" serem pouco solidários porque não boicotaram a inscrição para aquela prova "que é caríssima".

O Face é uma oportunidade para se conhecer as pessoas, mas uma janela muito estreita para podermos tirar conclusões sobre a vida delas.

Como as pessoas no Brasil tem um nível de politização "zero", certamente parece mais lógico ficar discutindo o comportamento alheio do que se comprometer com mudanças de longo prazo.

Vamos comecar pelo seguinte: há muitas que pessoas que só ficaram "críticas" do "comércio que virou o Ironman" quando, por um motivo ou por outro, não conseguiram fazer a inscrição para a prova.

Ai é fácil. Sabe aquele sujeito que torce para o time de futebol que ganha o último campeonato? Uma hora ele é palmeirense, outra é flamenguista, depois vira corinthiano e por ai vai...

O segundo ponto é: as pessoas vivem no capitalismo, votam em partidos que defendem o capitalismo, não suportam aquele outro partido que apóia Cuba, mas reclamam das empresas que comercializam a "essência de um sonho" e tem lucro com isso!!!

Não entendi...

O capitalismo vive de criar e conquistar sonhos alheios pra quê? Carros e televisores são produzidos com o mesmo principio que a franquia Ironman faz seus eventos.

Agora, quero ver se alguém abre mão de ter um automóvel ou uma tela plana em casa para criticar o capitalismo da Ford ou da Sony.

Hã-hã....

Já dizia Adam Smith que a evolução do capitalismo resulta do egoísmo dos indivíduos quando esses buscam o lucro. Dizia ele "não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que eu espero que saia o meu jantar, mas sim do empenho deles em promover seu "auto-interesse".

Essa discussão sobre ganância e lucro não tem coerência.

Ora, ao invés de questionar as atitudes das pessoas ou o comportamento das empresas de eventos, não seria melhor a gente procurar entender o que acontece e a partir dai procurar alternativas?

Nem de longe esse post do Blog vai dar conta disso. Eu só gostaria de "pensar alto" para que as pessoas pudessem direcionar suas angústias e frustrações para algumas opções realmente viáveis.

E por ai vou logo dizendo: esse texto é chato, é antipático e é metido.

É daqueles que eu uso para fazer "papo-cabeça", sabe? Tipo "discutir a relação".

Não, espera: aí também não - "discutir a relação" é insuperável! ;-)

No Brasil, todos sabemos que as empresas que organizam as provas de triathlon mais importantes no país tem uma estrutura muito diferenciada em termos de organização. De um lado, a NA Sports e a Cia de Eventos. De outro, a Latin Sports.

Em relação as duas primeiras, sejamos justos: essas entidades desbravaram um espaço onde antes não existia nada. Você pode não gostar do Núbio, mas o Internacional de Santos é uma prova de importância inquestionável em termos históricos para o triathlon latino-americano.

O circuito Long Distance, apesar de hoje bastante reduzido, também também marcou época no Triathlon nacional. O Longo Distance de Pirassununga é o batismo de fogo de qualquer triatleta que almeja vôos maiores.

Só que ao longo do tempo, o universo de praticantes cresce e a demanda por uma organização de qualidade também. Mas o modelo de empresa que organiza esses eventos aqui não se renovou e ainda funciona nos moldes das "lojinhas de varejo" - não no sentido pejorativo que esse termo possa ter, mas no sentido de que são muito dependentes dos donos.

No ultimo Internacional de Santos tive um problema bobo, falei comum fiscal, mas veio o Núbio me atender. Uma coisa completamente dispensável, mas estava lá o dono da empresa para resolver o meu problema.

Não é assim também a Cia de Eventos? O Célio faz todos os papéis dentro da organização de uma prova. Ele está na retirada do kit, na moto do fiscal e na premiação do última pessoa do age group. No meu primeiro Long Distance, quando fui falar com quem poderia reclamar de uma penalização, ele disse "quem arbitra sobre isso aqui sou eu. Pode falar comigo mesmo".

Uma outra vez tive que pedir para trocar minha camisa de finisher. Advinha quem autorizou?

Bidú....

Você pode argumentar é bom falar "diretamente com quem manda" quando a gente quer reclamar, mas tenho lá minhas dúvidas se bate-boca é medida de bom atendimento.

Mas faça o seguinte: escreva um email para eles bem fundamentado, dando contribuições criticas no sentido de melhorar as provas.

Aí volta uma resposta lacônica ou um texto que nem sequer passa por uma revisão ortográfica.

Ou seja, essas empresas de eventos não tem gente especializada em atendimento!

E como elas personalizam tudo pelo lado delas, nós personalizamos tudo pelo nosso lado também.

Mas isso não é muito produtivo.

Deixa eu dar um exemplo.

Quando eu cai no Internacional de Santos porque um rapaz em uma bicicleta furou o bloqueio e entrou na área reservada aos atletas, a responsabilidade era do controle de tráfego e quem deveria responder por isso seria a prefeitura de Santos - mas como pago a inscrição para a NA Sports, eu avalio que a responsável pelo problema é ela.

Como atleta, isso é muito natural. Você cobra para quem você paga.

Mas, se a gente faz uma analise mais fria, vê que nao é bem assim.

No fundo, se o Internacional de Santos e o Troféu Brasil vem perdendo qualidade ao longo do tempo, a responsabilidade não é exclusiva da NA Sports, mas também da prefeitura de Santos, que não faz investimentos em infraestrutura que permitam à cidade oferecer condições para uma prova de qualidade.

Mas tenho certeza que você não sabe o nome do prefeito da cidade e muito menos do secretário de esportes do município, sabe? ;-))))

E por quê a Latin Sports erra menos? Porque eles seguem um fórmula pronta, cuja engenharia foi feita e testada por uma empresa de marketing internacional que impõe padrões de qualidade. Fazer uma prova da franquia Ironman no Brasil ou no Texas é como entrar em um MacDonalds lá ou aqui - você dificilmente nota alguma diferença entre um e outro.

Nesse modelo não tem espaço para jeitinho ou improvisos. O esquema de organização é mais profissionalizado e, consequentemente, impessoal.

E a TriStar, que entra agora no Brasil, vai no mesmo modelo.

Agora vamos ver essas questão dos preços.

O que se argumenta é que no Brasil essas empresas perderam patrocionadores de porte que ancoravam os custos mais significativos, o que joga para os atletas um ônus maior para o financiamento das provas.

Mas não acho que seja isso. Porque o que explicaria o fato de que as provas, mesmo ocorrendo em lugares tão diferentes e organizadas por empresas diferentes, tenham preços tão semelhantes?

Não é o cáspita isso?

No fundo, acho que os preços das inscrições não tem relação apenas com os custos dos eventos.

Acho que a conta é outra.

As empresas colocam preços altos porque querem que seu produto seja um produto elitizado.

Mesmo que os custos dos eventos fossem hipoteticamente mais baixos, ainda assim as empresas fariam uso de uma estratégia descarada de "segmentação de preço": se o preço for baixo, seu produto vai circular em um mercado de massa; se for um preço alto, a meta são os consumidores afluentes e endinheirados.

E, deixa eu te dizer: o mundo do consumo do triatlhon está ali, na beiradinha do mercado de produtos de luxo, viu?

Ou você acha que bikes que custam mais de quinze mil reais são o quê?

Faça uma conta: me diga o quanto se soma em termos de valor as bikes que ficam na área de transição do Ironman Brasil.

Fez?

Sentiu?

Olha, pensa aqui comigo: como se explica que a limpeza de uma bicicleta custe mais que a limpeza de um carro?

Você acha que isso tem alguma relação com "custo"????

Para, né?

O preço de inscrição do produto "Ironman" está ai nesse pacote...

Certamente você vai xingar a minha mãe, dizer que não faz parte da patota de ricos e endinheirados porcaria nenhuma e que entra nesses eventos dando duro, trabalhando mais, fazendo economia, abrindo mão de outras prioridades etc...

Verdade.

Mas acho que somos poucos nesse pedaço da "high society triatlética".

Por isso é que se tem a impressão de que "todo mundo reclama", mas quando as inscrições do Ironman acabam em minutos você se sente frustado e traído "pela classe".

Ué, onde estava aquele "todo mundo" mesmo?

Na verdade, o "todo mundo" é um mundinho de gente que teima em ir para uma festa para a qual não foi convidado.

Mas por outro lado ter chiliques nao adianta.

Segmentação por preço não tem nada de "sacanagem".

Tem lógica alguém entrar em uma loja do Shopping Iguatemi pra comprar um terno Ermenegildo Zenga e ficar reclamando do preço? Que o custo do tecido não justifica o que está sendo cobrado?

Que é sacanagem???

Então, o raciocínio é o mesmo. É o capitalismo no seu estado mais feroz...

Trata-se uma uma lógica de exclusão explicita.

Se você vai em festa de rico, não reclama do preço do convite.

Mas existem outra alternativas?

Teóricamente, sim.

A gente poderia ver o que acontece lá fora.

Por incrível que pareça, é justamente nos países mais ricos que você encontra as soluções mais simples e mais convenientes para amadores - o que me leva a pensar que ter apenas opcões caras para fazer provas de triathlon é coisa de país pobre e subdesenvolvido.

Na Inglaterra, Austrália ou nos EUA, por exemplo, os circuitos de provas são muito mais diversificados, como muitos e muitos eventos voltados apenas para triatletas amadores.

Os preços não visam segmentar o mercado e os custos são menores por fatores que são fáceis de apontar: as provas são realizadas em na zona rural sem a necessidade de fechamento do tráfego ou pagamentos de taxas de uso para as autoridades locais; o staff de voluntários é composto por familiares dos atletas; não há kit; não há premiação em dinheiro; e a infra-estrutura é mínima, ficando a cargo dos participantes se responsabilizar pela sua própria alimentação.

Mas lá, como aqui, também há provas caras.

O problema é que no Brasil inexiste uma divisão entre circuitos de provas mais elitizado e outro mais "popular". Uma pessoa que pretende fazer sua estréia em uma prova de Triathlon vai direto para um evento como o Troféu Brasil, enquanto no exterior essa mesma pessoa poderia fazer uso de provas mais baratas para montar sua base atlética e ir ganhando mais experiência antes de partir para torneios mais elitizados.

Buscar as provas das federações estaduais de triathlon, que são organizações sem "fins econômicos" seria uma maneira de corrigir esta distorção. Apesar de se concentrarem na distância sprint, são ótimas opções para quem vai começar - com a vantagem de que isso se refletiria no aumento do número de atletas federados.

Aproveitar as estruturas já existentes para promover eventos, outra!


Nos EUA há provas organizadas por "grupos de triathlon" que no Brasil seriam semelhantes (semelhantêêêêêssss, não iguais) as nossas assessorias. É mais ou menos como utilizar a estrutura dos simulados do Julio Vicuña aqui em São Bernardo para promover pequenos campeonatos entre um grupo de amigos.

Já na distância meio-iron e iron reside o problema de fundo, pois a demanda cresce justamente onde realmente há poucas opções.

Uma alternativa seriam eventos organizados por amadores. Atualmente, existe um grupo de triatletas que estão discutindo a organização de um Soloman com a distância Ironman em 2013 como alternativa ao IM Brasil. A idéia é promover o evento sem perspectivas comerciais com um formato mais simplificado.

O grupo tem um desafio gigantesco, já que provas de longa distância geram expectativas grandes e pequenos erros podem ter impactos enormes em termos de sucesso.

Embora existam experiências bem sucedidas em moldes mais simples em outros esportes, como o Audax no ciclismo e as varias oportunidades de ultramaratonas entre os corredores, vale lembrar que essas provas tem tradição, há uma organização, regulamento, não tem demanda reprimida, há apoios e restrição do número de participantes.

Entretanto, a proposta é um alento e tanto em um deserto de boas idéias que é o triathlon no Brasil. Caso se mostre realmente factível, vai abrir um leque de oportunidades não apenas para um esporte, mas para uma filosofia.

Quem quiser conhecer o projeto e participar com ideias e sugestões, pode fazê-lo, já que ele tem um fórum específico.

O endereço é.

https://www.facebook.com/groups/393618024023896/





11 comentários:

Max disse...

Bessa,

a melhor parte de ler as coisas que você escreve é que mesmo eu não concordando com todo, dá gosto de ler.

Excelente reflexão.

m

Artur Araujo disse...

Ao contrário do Max eu concordo com tudo o que disse.Me sinto mais inteligente e mais esclarecido sobre as minhas idéias.Não saberia colocá-las tão bem.

Emiltri disse...

Professor Bessa, gostaria de comentar algo:

Acho que a idéia de elitizar não seja proposital, pois o modelo econômico das empresas organizadoras é tão arcaico que nem isso eles sabem fazer, visto a qualidade decrescente dos eventos. Acredito que o aumento de preços se dá pela demanda: Enquanto as inscrições esgotarem em minutos, o preço sobe, pois há procura.. mais simples e real em um segmente tão atrasado.

Obrigado pela aula.
Abrax.

Deise jancar disse...

Vagner
Estava aguardando um texto inteligente , mas ele está brilhante.
As comparações foram na medida. Uma vez escutei da Andréa ( Naturalsports )o seguinte: o cara está reclamando do preço do R4 , mas quanto ele pagou na bike mesmo ? :)
Ontem mesmo uma amiga não reconheceu meu carro por estar sujo .Tudo bem que 1 semana de chuva em São Paulo , carro algum fica limpo. Sabe o que respondi ? Vê se minha bike tem um fiapo !
Este ano , fiz minha opção de participar do Estadual no RJ. Não foi legal ? Postei no blog , a minha mudança e também o qto foi bom ter ido para outros ares.
Até mesmo o Ricardo Veras postou um comparativo de valores de inscrição da marca Ironman.Acho que muitos não sabiam o qto se cobrava.
Dentro da franquia, fiz o Ironman Brasil e 2x 70.3 Miami. Nas duas provas de Miami, tive que procurar alguém para me numerar, e não havia espaço nenhum entre uma bike e outra , que ficavam penduradas naquele tradicional cano que vejo em várias assessorias.
Caiobá , foi meu 3o. meio na minha vida , fui a última á chegar e o Célio estva lá com um mega sorriso , me esperando.
Não fiz minha inscrição no IMB2013 , por não ter dinheiro.Se tivesse ,faria
Fortaleço o Soloman , desde que seja uma prova com seu perfil único e não uma proposta de rivalidade ao MDOT.
Temos que tirar o chapéu pela maneira direta e concreta que está empresa faz muito bem feito e seus lucros são merecedores.

Parabéns Bessa !!!

Lu disse...

Oi Bessa,
Concordo com alguns pontos que você colocou no texto..
Sobre provas nã etilizadas, todas as federações organizam provas regionais, que são mais baratas, menos organizadas, enfim, ótimas opções.
Quanto ao Soloman, em Campinas, estará acontecendo o Capivaronman (capivara + Ironman), que acontecerá em setembro dentro da Unicamp. A idéia aconteceu há uns anos atrás, e esse ano deve acontecer. Eu como uma das amigas, incluída no evento, vou participar na distância meio iron. A prova vai acontecer em piscina, em volta de bike de poucos quilômetros e pista de atletismo; sendo principalmente, a reunião de amigos que gostam de hardicore psicológico, muita risada e estória pra contar.. Rss

Ulisses Franceschi Eliano disse...

Cara, simplesmente concordo com tudo. Sensacional. Temos a mesma opinião, tanto à respeito das provas de triathlon, quanto às questões político-ideológicas todas. Vou compartilhar no meu blog também. Sensacional.

Guilherme F Gardelin disse...

Vagner, a reflexão é justa e bem formulada. Mas para mim está claro que se trata da mais pura Lei de Oferta e Demanda. Por que raios a Latin Sports (que disseram não ser mais do Galvão, mas da prórpia empresa que explora a marca IM - não sei se é verdade, ouvi isto em Floripa este ano) vai cobrar mais barato a inscrição se as mesmas se encerram em 15 minutos. Aumentar em US$ 50 cada ano, em doses homeopaticas, é simples reação ao aumento da demanda. Tem que pague? Vamos cobrar. E não vejo nada de errado nisto.
Quanto aos preços de bike, suplementos etc, não me meto, acho que cada um compra o quer e paga o quanto quiser (e puder). Se ele deixa de comprar leite para pedalar (desfilar) em bike xyz de zilhões de reais, pobre dele, percebe-se que não aprendeu nada com a vida ou filosofia do Ironman (se colcoar à prova e auto conhecimento).
Se de fato surgirem alternativas mais "roots" ao Ironman, ótimo, serei um incentivador e participante.
Mas que neguinho vai pensar duas, tres, mil vezes antes de abrir mão em desfilar em Floripa para participar de uma prova numa zona rural, sem glamour, sem feirinha, sem filas para comprar camiseta de finisher etc, ah isto vai...
Resumindo: o que está aí não é nada mais nada menos do que a regra mais antiga de satisfação da vontade alheia. Quer algo? O preço é x. Muita gente quer este mesmo algo? O preço é y. Muita muita muita gente quer esta mesma coisa e não tem pra todo mundo? O preço é X+Y+Z. Fácil.
eu não tenho facebook, então se houver alguma outra forma de acessar o grupo que esta se organizando para organizar este Soloman, por favor me avise.
abs,
Guilherme

Rodrigo Langeani disse...

Bessa, concordo contigo.
Tendo feito minha primeira prova de triathlon em 1994, acho que o triathlon mudou muito.
No começo as provas eram menores, com menso estrutura, mas o preço era infinitamente menor.
sem falar no clima de camaradagem que rolava nas provas. Nem por isso as provas eram mais fracas, pelo contrário, os tempos (dos amadores) da época eram mais rápidos do que os de hoje.
Gostava muito mais do começo do triathlon, e é em parte que eu tenho feito cada vez menos provas de triathlon (normalmente 1 ou 2 no ano).
Escrevi algo parecido no começo do ano com minhas justificativas para deixar de correr algumas provas: http://www.espiritooutdoor.com/porque-eu-nao-tenho-mais-vontade-de-correr-o-internacional-de-santos/
Parabéns pelo texto.

Anônimo disse...

Estou iniciando no triathlon e acompanhei no face a discussão que foi criada em torno do IM2013.
Seu post realmente nos faz refletir sobre este esporte.
Parabéns, um abraço, Diego!
wwww.correrparacrer.wordpress.com

FREE ATLETA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
FREE ATLETA disse...

Resumindo: Quem pode, pode, quem não pode, se sacode !!! kkkk

Gostei disso, pura realidade:

" mas quando as inscrições do Ironman acabam em minutos você se sente frustado e traído "pela classe".

Bessa ultra parabéns, bela reflexão Iradaaaaa !!!!!