Nessas últimas semanas, dentro de um pequeno circulo de amigos que trocam e-mails sobre triathlon ou provas de Ironman, veio à tona uma tema que vem ganhando espaço considerável nas rodinhas “triatléticas” – o uso de potenciômetros.
Mas não se tratava de uma discussão sobre o melhor equipamento ou o mais preciso. A questão de fundo foi colocada pelo Eduardo Carvalho a partir da provocação do Felipe Amante sobre feedback de performance.
“Vejo que os equipamentos como Garmin com GPS e agora os medidores de potência podem dar uma real avaliação se a performance individual mudou ou não, coisa que até hoje não consegui de nenhum método de treinamento ou assessoria que freqüentei. (Pois) só na prova projetando o tempo final é f%$#@#, porque muita coisa pode acontecer quando você junta tudo, mais a condições climáticas. Por mais que seja a mesma prova no mesmo lugar, nunca uma prova é igual à outra”
Obviamente, essa discussão deu uma rachada no grupo. Minha “verve” Ironguides veio a tona e argumentei que a assessoria não tinha método quantitativo para a aferição de desempenho, mas que eu “vinha melhorando” pelos resultados que experimentei entre 2010 e 2011 e que isso seria suficiente pra mim.
Num átimo, tomei um petardo na testa!
“O que te leva a dizer que “anda melhorando”? Feeling? Tempo de prova? Como o Edú lembrou, ainda que a prova seja feita no mesmo lugar, sempre há condições diferentes, como correntes marítimas, vendo, calor, etc. Você conseguiu seu melhor tempo de Caiobá e do IM Brasil nesse ano. E daqui pra frente? O que te dirá que você “melhorou”? Pegue, por exemplo, o pedal com vento do 70.3 de Miami. E se você andou abaixo da sua capacidade? O que pode te dizer isso?”
Esse “feeling?”, citado como foi, para uma mente cartesiana como a minha, dói como um direto no estômago.
“Salvo engano, você mesmo disse no seu Blog, em uma época de treinos desgastantes de Iron, que a mente pode pregar peças. Ou seja, a percepção de esforço pode falhar. Há dias em que a mente quer, mas o corpo não vai. E vice-versa. A verdade é: como o medidor de potência isso continuará a acontecer. Só que você saberá se o corpo realmente não está respondendo ou se a sua percepção está falhando.”
Eu me vi como um lutador de telequete no meio de um campeonato de UFC .
Porque, bom, eu tinha dito isso mesmo. E agora não dava para dizer “não era bem assim..."
Tá vendo porque escrever Blog é uma merda? (rs)
Parecia que meu ego estatístico tinha desencarnado e virado um triatleta de carne e osso com vida própria e estava me esmurrando ;-)))
De fato eu mesmo não tenho respostas para questões muito simples apenas por meio da minha percepção.
Exemplo? Quando passei a usar o capacete aero, tive a sensação de que esse recurso realmente me ajudou a pedalar mais rápido.
Mas o quanto desse ganho pode ser atribuído ao capacete e o quanto ao fato de que fiz alguns treinos específicos no rolo?
Não sei.
Ou seria um acaso, pois que eu já vinha perdendo peso e meus treinos começaram a fazer efeito justamente quando comecei a usar esse novo "casco"?
Pode ser. Mas também não sei.
Enfim, se alguém me perguntar se é recomendável um capacete, digo que sim.
Só que reconheço que é um "sim" muuuuuitoooooo meia-boca.
Ah, eu falo logo!
Bem, não vou dar detalhes dessa discussão que se prolongou por dias e me deixou estirado na lona depois de um massacre de (ótimos) argumentos e uma aula sobre potenciômetros digitais.
Mas é uma boa oportunidade para escrever sobre algo mais abrangente, isto é, sobre o bullying ....ops...digo, sobre o potenciômetro e todos os equipamentos de medição que tem preenchido a vida da gente.
Apesar de trabalhar com estatísticas, vou dizer algo da qual certamente posso me arrepender facinho facinho daqui a dois dias: o nosso problema começa quando a gente acredita piamente que números representam o caminho mais fácil para o conhecimento de algo.
Para dar um exemplo, todo mundo sabe que a mortalidade infantil é alta no país, mas também é verdadeiro que ela vem caindo nas últimas décadas. E você saberia explicar o por quê?
Nós temos todos os dados possíveis e imagináveis para para entender isso, mas não podemos afirmar com certeza.
Você vai dizer que as condições de saúde melhoraram no Brasil? Ou serão os investimentos em saneamento básico e a melhoria das condições médico-sanitárias? Ou o determinante é a elevação da renda das famílias? Ou o aumento escolaridade da mãe? Ou seriam os programas assistenciais de atenção as mulheres.
Como tudo isso acontece ao mesmo tempo, uma boa explicação se torna um pesadelo para os estatísticos.
Números nos dão hipóteses.
E muitas vezes temos que dizer o seguinte: com tantas informações e dados, ainda assim, nós não sabemos muita coisa sobre questões que você ai julgaria "óbvias".
Voltando ao nosso assunto, o uso de potenciômetros faz parte de uma discussão mais ampla que incorpora ainda os monitores cardíacos, medidores de cadência, velocímetros e os equipamentos de GPS.
Mas a pergunta que se coloca pra mim é – esses equipamentos contribuem para o aumento do nosso conhecimento?
Não estamos confundindo dado, informação e conhecimento?
Espera, qual a diferença entre isso tudo, ou seja, o que estou chamando de dados, informação e conhecimento.
Vou dar uma simplificada.
Por “dados” entenda-se os números, tal como a velocidade registrada no seu velocímetro, por exemplo.
Quando esses dados são organizados ou manipulados em gráficos e tabelas, com outros dados ou não, adquirem um sentido e, com isso, transformam-se em “informação”. É o que você faz quando despeja os dados do seu relógio em um software que registra seu pace, cadência média, velocidade máxima e mínima, faixas de batimentos cardíaco, altimetria etc etc etc.
Já o conhecimento se distingue da informação quando adquire algum propósito ou utilidade.
Sabe aquele seu monitor cardíaco super bacana que a gente compra? Além do hardware e do software, você tem a disposição um conjunto de fórmulas que te dá informações que vão desde a queima de calorias até o VO2 máximo. O bichano diz até quando você não deve ir treinar.
Essas fórmulas foram baseadas em anos de estudos de especialistas para as quais você não pagou e, acredite, ao contrário do que as revistas “especializadas” de corrida dizem, tem um alto grau de confiabilidade para a grande maioria da população - mesmo a famosa “220 – menos a idade”.
O problema é interpretar esses dados.
O Felipe teve uma análise bastante feliz da complexidade de se transformar dados e informações em conhecimento.
“De nada adianta ver os números pipocando na tela: 180W, 220W, 150W. Isso não é nada sem os conceitos de análise. Com um pouco de leitura e um tempinho de treino, todo mundo consegue pegar o beabá de média de potencia, potencia normalizada, FTP, andar na Z2 ou na Z3, etc. O difícil, ao meu ver, é, em primeiro lugar, saber estimar corretamente o FTP. Há uma série de testes e fórmulas, mas, não é tão simples assim. Depois q isso for feito, as outras informações virão automaticamente com um bom programa de análise. A segunda dificuldade na parte de análise dos dados é saber o q fazer depois. Ou seja, o atleta já consegue entender bastante coisa dos gráficos, números, etc. Mas, a questão chave é: P/ treinar p/ uma prova X, o q devo fazer? Faço série no limiar? Faço longões? Tiros mais curtos? Misturo tudo? E, principalmente nessa parte, é q acho q precisamos de um bom técnico! Alguém q tenha um planejamento macro, periodização, etc. (nesse campo, já não estamos falando só de potencia...)”
Ou seja, trabalhar com potenciômentros nesse nível que ele fala envolve um trabalho adicional de interpretação dos dados que não é desprezível.
A não ser que você se dedique ao assunto, tal como ele faz, ou arrume um técnico craque para fazer isso pra você, poderá ficar anos acumulando dados e informações dos seus treinos e provas sem chegar a lugar nenhum.
De um ponto de vista mais geral, o que vejo por ai é que nós estamos adquirindo uma parafernália eletrônica muito sofisticada, apenas para colecionarmos dados, satisfazendo nossa curiosidade com gráficos bacanas que permitem o cruzamento de muitas informações.
Mas conhecimento que é bom, neca de pitibiriba.
É como aquele dono de loja que tem todo um sistema super-ultra-mega informatizado na empresa para controle de estoques, entrada e saída de mercadorias, gestão de fluxos, controle de caixa etc etc etc.
Ele deveria ver esse sistema como uma ferramenta para ajudá-lo a tomar decisões importantes, mas de tudo isso só usa mesmo o leitor ótico para evitar erros de digitação e agilizar as filas.
Eu mesmo já fiz isso. Todo santo dia, durante anos, colocava lá no software que veio junto com do S725X os dados dos meus treinos e das minhas provas.
A tela do computador ficava cheia de curvas e retas. Eu podia fragmentar todo percurso de bike ou de corrida para medir minha freqüência cardíaca, velocidade e cadência em um dado trecho.
Era legal no começo, mas depois ficou no automático. Meu computador virou um depósito de “informações legais”, mas sem utilidade.
E depois fiquei me perguntando que cáspita explicava porque tanta gente conseguia uma evolução significativa sem nada disso e eu, com aquele aparato todo, não.
Talvez porque nós estejamos com fome demais de números e fome de menos de conhecimento.
Me desfiz do monitor, apaguei o software e até hoje uso apenas um relógio de pulso com cronômetro.
A partir dai, tudo resulta de um longo e sofrido processo de aprendizagem, baseado na regularidade (por isso a importância dos treinos repetitivos) e "tentativas-e-erro" - a cada repetição eu observo os resultados e removo os erros até atingir o melhor possível.
Eu poderia ir por outro caminho, mais científico e sofisticado, trocando as noções "rudimentares" e "subjetivas" de "forte", "moderado"e "fraco" por medições de esforço e potência precisas?
Poderia.
Mas ai, parafraseando o Ciro, “entre ficar estudando números e correr, eu prefiro correr”.
Será que sou o último romântico?
13 comentários:
Último romântico? Não é não, somos uma legião... Eu que sempre fui um apaixonado pro gadgets, movido pelo aspecto da tecnologia, estou caminhando para a contramão. Não me lembro a última vez que usei um frequencímetro, meu Garmin está apagado há muito tempo e nem sei se vai funcionar o dia que eu precisarei dele, isso é, se é que eu irei precisar dele de novo!!! Uso o Polar no pulso, mas o faço todo o santo dia, e é no máximo como relógio/cronômetro. Estou procurando no eBay um bom Timex para fazer o mesmo papel, marcar horas e tempo. Chega de ser escravo dos números. Endosso o texto com destaque para a frase que encerra, entre números e corridas, fico com as corridas!!!Abraços e parabéns pelo texto (exceto a parte do telecat!!!).
Somos os últimos românticos meu caro.Da parafernália toda,acredito que o medidor de potência é bacana.O seu amigo tem razão na maior parte do tempo.Mas o auto conhecimento ainda vai prevalecer,na humilde opinião de quem não sabe porra nenhuma de medidores.O Santiago Ascenso trabalha com seus atletas com medidores.Não sei detalhes mas ele sabe muito.Eu teria um se não fosse tão caro.Apesar de me conhecer como poucos,hehehe.Acho uma ferramenta muito boa e de grande valia.Escrevi um monte e não disse nada né?Não sou contra a tecnologia,mas até onde é benefício e até onde é moda?No caso do medidor eu acredito em benefício.Abraço irmão.
Cara como vc escreve bem... vc foi bem feliz no post.
Sabendo usar de forma, acho q pode ser uma grande ferramenta... mas como vc mesmo disse, caso contrário será apenas mais um gráfico bonito na tela.
Abcs
Esse êh o vagnao.... Saudades de vc amigo!
Vagner, perfeito, como sempre.
Eu acho o brinquedinho muito caro.
E na boa, o que faz a diferença é a estratégia e a percepção do esforço é a grande arma, mas o povo tem que complicar, precisa ver para crer.
Precisa colocar no gráfico, no excel e postar esses gráficos para todo mundo fazer: UAU !!! Mas, ninguem entender porra nenhuma.
Sou romântico até o talo!
Post muito bom, meeeesmo!
Abraços!
Estou sempre aprendendo mais com você amigo.
Tem aquele esquema de anjo bom e ruim, você é o cara que assopra as coisas boas.
Obrigado pelo post. Abração
Bom, pelo que li nesse belo texto, só me restou a compravação que o investimento no Garmin com GPS, foi apenas uma curiosidade de certas informações e com o passar do tempo, realmente entrou no automatico...kkkkk Bela visão Bessa !!! Melhor que essa visão e a comprovação, foi a do relógio de pulso com cronômetro....rs Valeu muito ler essa matéria, grande abraço !!!!
Grande Bessa!!
Mais uma vez matou a pau.
Abraço
Bessa,
através de um cliente nosso AMANTE do esporte e usuário não de um, mas de dois MP, eu já sabia dessa discussão. Vou deixar aqui meus dois centavos porque esse assunto, talvez como nenhum outro, mexe comigo hoje em dia.
Os medidores de potência são o segundo investimento mais importante depois da bicicleta para quem pretende treinar sério. Isso é uma afirmação categórica, e raramente eu faço isso.
Treinar com PE, FC, MT e outros sistemas é válido. Mas para quem não tem tempo para perder, o medidor de potência - aliás, como vc. bem colocou, os dados objetivos e periféricos que ele fornece - são a única maneira do atleta quantificar ganho, cansaço, forma física, ou - deus me livre - perda de condicionamento. Assim, não que as outras formas sejam burras, mas o treino com medidor é mais inteligente. Você agrega neurônios ao trabalho das mitocôndrias, tornando-o mais eficiente.
Com certeza é preciso ter um técnico que entenda do assunto, ou muita disposição para aprender sozinho sobre treinamento esportivo E uso de medidores de potência para tirar o benefício do investimento e evitar que o MP torne-se (mais um) brinquedo caro.
Para finalizar, eu acredito que antes da justificativa do Romantismo, existem outras duas precedentes:
1) Ignorância: nesse caso, o atleta tem meios financeiros para adquirir esse equipamento mas prefere investir em um guidão de carbono que custa a mesma coisa, ou num par de rodas que, afinal, aparece mais e dá mais status; (em tempo, "ignoräncia" aqui não é no sentido de burrice, mas no de falta de informação);
2) Falta de condições financeiras: esse é, no meu ponto de vista, o único empecilho justificável. E mesmo assim, hoje é possível adquirir um MP por menos do que um par de Zipp (seminovo).
E me permita, no fim, discordar do Romantismo como você o coloca aqui. Acho que Romantismo seria treinar de sunga, correr descalço e pedalar de Caloi 10 no próximo IM Brasil. A partir do momento em que saímos desse contexto e entramos no universo do treinamento e competição do XXI, ou seja, a partir do momento em que você investe para ter, por exemplo, uma bike um pouco mais aero, um tênis um pouco mais leve - e portanto contamina seu romantismo com pragmatismo - condenar o MP à categoria de supérfluo ou compará-lo a outros referenciais de treinamento para ciclismo reflete uma coisa somente: ausência de informações sobre o assunto.
Outro caso em que um MP seria dispensável: se vc. tem 6 horas por dia pra pedalar. Aí, nem que não queira, vc. vai melhorar bastante.
Por fim: eu DU-VI-DO que alguém com objetivos definidos de treinamento que já tenha usado um MP devidamente ache que seja besteira, supérfluo ou coisa do Demo.
Falei demais - bem mais que 2 centavos. Um grande abraço, e obrigado por abordar esse tema com elegância e não com o tom de "isso é frescura", bem mais comum.
Abraço,
Max
Bessa,
Entrei nesse post através do Max...
Jurei pra mim mesmo que (eu, escravo dos medidores de potência e maior pregador dos seus benefícios desde 2003) nunca mais tentaria convencer a concorrência dos benefícios. Eu mais do que qualquer outra coisa sou prova desses benefícios.
Por isso não vou tentar nada! Quer treinar sem? acha que está certo? provavelmente você está! Bons treinos, porque uma coisa que faz evoluir muito é vontade e fé!
Só um detalhe: se no teu "experimento" com o capacete aero você estivesse usando um medidor de potência, você saberia COM CERTEZA se era benefício do capacete ou dos treinos... Esse é apenas um dos "acessérios" que um medidor de potência te dá!
Abs e parabéns pelo Blog
LODD
Puta discussão boa!!!
Vcs nem imaginam como eu adoro isso!
Mais uma vez o Bessa soube escrever e resumir muito bem o assunto.
Eu realmente poderia apenas dizer: Faço das minhas palavras, as palavras do Eduardo la em cima, pois é isso que eu faço.
Nem sei onde esta minha fita do POLAR, apesar de adorar esse relógio.
Quando uso o POLAR como frequencímetro, NUNCA olho para ele durante o treino. Apenas analiso como foi a média de batimentos no final relacionado com o tempo no percurso x.
Por ex.
Corri 10km com subida em 38min e meu batimento deu 145 a 149 de média
conclusão: estou bem
Corri 10km em 38min com subida e deu 160 de média dos batimentos.
conclusão: Estou mal e cansado.
Corri 10km com subida em 38min com média entre 140 a 145.
conclusão: Se fosse dia de prova eu andaria pra caralho!!
MAS, ultimamente não tenho feito isso, e apenas uso a percepção pra saber e anotar no final do dia na minha agenda como estou.
BELEZA!
Só que apesar de eu ser do tipo classico, de treinar e treinar e treinar seja com bike de aluminio, guidão de ciclismo pensando 13kg, tenis baixo, ou calça jeans na natação, eu tenho que me redimir e dizer que vou comprar um medidor de potencia pra mim.
Não fiz isso ainda, apenas pela questão preço, pois realmente achei caro, e queria um de centro, mas terei que comprar um de roda.
Com meu ciclismo medíocre, o que ficou bem claro no Long Distance Pirasununga (comparando com o Geovani) eu preciso melhorar meu pedal para os 180km.
Correr e nadar me defendendo, eu me viro.
Mas a bike é longa demais, e antes de eu me matar arrumando mais tempo para treinar (pois como trampo no horario comercial, meus treinos longos são apenas de finais de semana) quero fazer treinos de qualidade e aprender mais sobre mim mesmo.
Desculpa escrever tanto, mas eu serei o próximo com um medidor na roda...
abs e parabéns pelo post
Vagner,
Sou formada em Ed. Física, e se me perguntasse há 2 anos atrás sobre MP falaria que era fútil, pois todos que eu vinha ter posse de um eram pangarés com grana. Há mais de um ano venho lendo e aprendendo bastante sobre, e utilizando o MP na minha temporada de treinos para Kona em 2010.
Posso afirmar que o MP muda totalmente a qualidade do treino de ciclismo, e consequentemente a performance final.
Apesar de nao ter um próprio, promete para meu treinador desde ano passado que iria comprar um, e realmente acredito que vale o investimento independente do nível do atleta; amador ou profissional. Hoje, a potência é a melhor variável para o controle de treinamento no ciclismo. Não tem o que discutir.
Já a FC, eu pessoalmente, acho o treinamento baseado nesta variável completamente furada e ultrapassada. E acredito no uso desta variável para condicionamento físico de pessoas que não são atletas, ou que possuem limitações (cardíacas, pressão arterial, etc).
Quanto ao número de profisisonais que utilizam o MP, me desculpem, mas são MUITO mais que 4! Podem acreditar gente! Eu mesmo posso citar pelo menos mais 3, sem parar pra pensar. O número é crescente, e aliás, pra mim o profissional que AINDA não sabe direcionar um atleta ao uso de MP, não está atualizado ao verdadeiro treinamento esportivo.
Quem gosta sobre o assunto, eu defendo o autor Joe Friel, que consegue passar teorias de treinamento e manuais de MP e softwares para seja entendido por qualquer pessoa.
Beijo
Ps: todo mundo sabe que eu sou romântica assumida. Fique tranquilo Bessa, vc não é o último deles! Rss
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