Quando acostuma-se com exercícios longos voltados para as provas de endurance, há uma certa má vontade com treinos curtos - você olha a planilha, vê que terça-feira tem treino de 50 minutos de natação ou um pedal de 45 na quarta, sendo que apenas e tão somente os últimos 15 minutos serão de intensidade mais forte.
A primeira coisa que tem vem na cabeça é: para fazer isso, não vale a pena sair de casa.
Mas, sim, vale. Vááááleeeee mesmo!
Segunda-feria, foi um treino mais ou menos assim. Ainda no trabalho, conferi a planilha e estava lá: 10 x 25 forte com palmar, 45 segundos de intervalo, mais 200 solto e finalmente 2 minutos solto. Isso quatro vezes. Pensei que com esse tempo de intervalo eu iria esfriar na água e passar frio de tanto esperar. Fora que fazer 25 metros forte com palmar é tão fácil que eu nem tiro a cabeça da água.
Ao sair da piscina, entretanto, uma ótima sensação de bem-estar. E você pensa depois: por quê treinos que não te fazem "sofrer" não devem ser feitos com dedicação? Sempre há um ganho nessas atividades e se está programado, seu técnico teve um bom motivo para fazer isso.
De outro lado, ao sair de casa, se você é solteiro evita a rotina covarde de ficar a noite no sofá sem absolutamente nada para fazer a não ser assistir reprises das séries que você gosta ou ficar na internet.
Na terça-feira estava sem bike que foi para a revisão e não pude treinar (mas podia, fazendo o treino em uma bike de spinning da academia, como foi na sexta - então trata-se daquelas desculpas esfarrapadas).
Quarta-feira, mesmo em uma noite gelada, fui correr no Campo de Marte. Outro treino de mais ou menos uma hora, com tiros curtos e bom intervalos de descanso. Nada complicado.
Quinta-feira, voltei para piscina - 25 minutos com palmar e pulbóia fácil e mais 25 moderado com os mesmos acessórios. Ótimo treino de manutenção que pode ser usado para melhorar a técnica de braçada e rotação do tronco na água. Fora isso, como não há obrigação de contar o número de chegadas e o esforço é contínuo, é possível nadar com muita descontração.
Sexta-feira, peguei a bike - mas não queria trocar o pneu para colocá-la no rolo porque, pensava eu, sábado teria que desfazer tudo de novo já que estaria na estrada domingo. Fui para a Runner e fiz um treino excelente em uma bike de spinning - 3 minutos forte e 2 fraco (total de 50 minutos). É duro, mas há um limite para o esforço - quando começa a ficar insuportável, dois minutos de descanso.
Sábado, 2 horas de corrida. Resolvi ir para a USP. Queria variar um pouco e pegar uma altimetria mais difícil, apesar do treino exigir um esforço fraco na primeira hora e moderado na segunda. Além disso, iria testar o novo Newton que comprei - morrendo de raiva do preço no Brasil, que é uma extorsão! Mas esse assunto fica para outro post...
Fui dar algumas voltas dentro do bosque da USP, a fim de testar o tênis em uma pista de terra batida, aproveitando a dica do Edú Carvalho. E para minha surpresa, o percurso ali é mais extenso do que aquele que eu achava. Seria excelente, não fossem os chachorros que ficam por ali....
Sai de lá e fui correr na rua, subindo e descendo aquela "simpática" subida da biologia. Depois encontrei a Guga e o César da Find e aproveitei para correr com eles. Ambos estão se preparando para os 600k da Nike e estavam fazendo um longo. Peguei o ritmo deles e a conversa foi tão boa que completei o treino com 15 minutos a mais, mas nem me dei conta.
Domingo, eu achei que iria pedalar no Riacho Grande, mesmo sabendo que teria que fazer um treino de 3 horas e voltar correndo para ir almoçar com o meu pai. Só que, a acordar as 4:30 da manhã, minhas pernas estavam tão frias que pensei no sofrimento de pedalar com vento no final da madrugada. Não tive dúvidas - armei o rolo na sala e fiz um treino de 3 horas no Coroão, assistindo televisão.
Fui almoçar e aproveitei para dar um pulo na livraria cultura. Comprei alguns livros e a Triathlete Magazine, que considero leitura obrigatória.
4 comentários:
Vagner, tem certas coisas que realmente não mudam...rs rs rs Dá-lhe rei do rolo...
Esse seu resumo da semana é sempre show.
Aprendo sempre com eles. Espero que a disposição para escrever nunca acabe.
Tb acho a TM como insuperável. Sempre baixo do Luiz Fernando e vou lendo. Nada supera esses textos.
grande vagner!
super bacana teu blog
acompanho sempre!
abs
Vagner vou te confessar que adoro os treinos curtos e intensos.Eu me sinto forte com esses treinos,não sou muito fã de ficar horas treinando,faço porque tem que ser feito,mas gosto mesmo do gosto de sangue na boca.rsrsrss
Abração irmão.
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