domingo, 20 de fevereiro de 2011

Internacional de Santos 2011


Apesar do Internacional ser uma prova dura, essa semana não teve polimento.

A idéia do Rodrigo era fazer um "treino de luxo" no Internacional de Santos, já que estamos trabalhando velocidade nessas últimas semanas.

A princípio, eu não gosto da organização do Internacional de Santos. Há problemas para fazer os bloqueios funcionarem, o kit e a medalha são incrivelmente ruins e, putz, de um mal gosto....

Além disso, esse ano ainda faltou água, segundo me relataram os amigos...

Apesar de ter uma história importante, passa a impressão de um amadorismo impressionante - se comparada as provas da franquia Iron, esse contraste é ainda mais evidente.

O Internacional parece que não quer se modernizar...

Isso, claro, nada a ver com o povo de Santos. Ano passado, quando tive um capote no centro da cidade, moradores (crianças e senhores, mulheres e homens) não sabiam o que fazer para me ajudar...

Mas o Internacional, sendo referência histórica que é, é o lugar onde quem curte triathlon se encontra. No meu caso, que conheço muita gente por ai, é um oportunidade impar para rever as pessoas que fazem Penha, Pirassununga, Caiobá, Floripa, Pucon e por ai vai...

Bom, para a prova esse ano, pude descansar um pouco no sábado. O Edú fez a gentileza de pegar meu kit. Nos encontramos pela manhã e fomos para o Boqueirão, onde seria a largada.

Comecei a natação sem aquecimento. Logo nos primeiros metros, senti os braços um tanto doloridos (mas não pesados). Falta de aquecimento? Pode ser, mas treino assim no Riacho e não constumo sentir isso...

Demorei um tempinho para pegar ritmo, mas me orientei bem entre as bóias, perdendo pouco tempo.

E só tive alguns problemas de tráfego com o pessoal retardatário da outra bateria.

E, olha, sobre isso vou ser antipático.

Quando as pessoas decidem fazer uma prova de triathlon e não tem grande experiência, não tem importância de que elas congestionem a natação. Não mesmo.

Dos fundamentos do triathlon, acho essa parte é, no meu modo de ver, a mais complicada - sobretudo no mar, porque você está em meio inóspito e com poucas referências de orientação.

E todo mundo passa por isso. Então, paciência dos mais experientes é o mínimo que se pede.

Entretanto, outra coisa bem diferente são as pessoas nadarem como se ninguém mais estivesse ao seu lado.

Gente, ao fazer o contorno das bóias, não vale bater a perna com violência. Também não vale usar a perna para dar golpes de karatê em quem está atrás, como fazem alguns que nadam de peito nessa parte.

Não vale nadar sem, pelo menos, tentar olhar para frente, evitando cruzar na frente de todos distribuindo socos. Não vale tentar passar por cima de outros, nadando como se você estivesse sozinho na raia da piscina do seu clube.

Hoje, dois retardatários me colocaram a nocaute: o primeiro, me pesada na barriga e o sujeito nem olhou para trás. E ele sabe que fez isso.

Outro, desferiu um chute no meu peito, bem no contorno da segunda bóia.

Quando emparelhei com um rapaz, esse da minha faixa etária, fomos nos batendo até que eu e ele parássemos. Eu, estressado por ter apanhado do pessoal retardatário, fiquei puto e chinguei (atitude típica do sujeito "besta quadrada", admito).

O sujeito parou de nadar e me encarou.

Mas continuamos.

Quem era? Sei lá, todo mundo de toca e óculos....

Só que, para meu azar, entre 1.300 pessoas nadando, o tal sujeito era o Edú Carvalho - apenas o sujeito que me apresentou ao triathlon e que me motivou a fazer a Ultra Bertioga-Maresias.

E a minha sorte é que ele estava feliz (vai ser pai) e me poupou de uns tabefes...

E eu merecia, porque o que eu fiz, não se faz...

Terminei a natação naquele mar (sem correnteza) para 27:4.

Fiz aquelas transições xexelentas que eu costumo fazer e fui para o pedal. O Rodrigo tinha pedido um contra-relógio de 40k e, o que viesse depois na prova, seria lucro.

Comecei o pedal com giro para me equilibrar e, quando me achei, logo desci para uma cadência pesada. Minha sensação foi que o vento, esse ano, estava mais tranquilo - ao contrário dos pelotões, que ano sim, ano sim, sempre estão lá.

Gostei do meu pedal. A despeito de me embananar naqueles trechos com curvas dentro da cidade, fiz um média de 34,5 km/hora (dados do Cateye), embora o tempo anotado na prova seja idêntico ao de 2009, isto é, 1:11:04 (média de 33,7 Km/hora) - explicado pelo acréscimo do tempo da transição.

Pedalei forte e senti as pernas também fortes. Ultrapassei mais do que fui ultrapassado.

Quando sai para correr, que é o mais tranquilo para mim, não sentia as pernas pesadas. Segurei um pouquinho para sentir a prova e, com o estômago cheio de líquidos, não era prudente (na verdade, é que não dava mesmo -rsrsrs).

Como sempre, cadência alta de passadas. Me senti muito bem nos primeiros cinco quilômetros. Mas, na segunda parte, tive dificuldades. Quando digo "tive dificuldades", isto significa que não consigo sustentar minha cadência de passada.

Alarguei a passada por mais ou menos trinta segundos - li sobre cansaço neuromuscular nos textos do Ironguides, algo sobre a pertinência de você mudar a cadência na bike ou mesmo andar nas provas por alguns instantes. Isso dá um "restart".

Nas duas vezes que isso aconteceu, mudei um pouco a corrida e minha passada "voltou".

Passei muita, mas muita gente, sobretudo nesses últimos quilômetros! A maior parte não aguentava o calor e andava.

Fechei a corrida para 49:44.

Já a prova para 2:27:53, cerca de quatro minutos abaixo do meu melhor tempo em triathlons Olimpicos até então. PB.

Óbviamente fiquei satisfeito com o resultado. Olhando para os caras que mandam bem (Sandro, Caio, Flávio entre outros), estou em boa companhia, ali pertinho.

Na minha faixa etária, entre 102 pessoas, fiquei em 30. Em 2009, também fui 30, mas tinham apenas 74 pessoas.

Para completar, 331 no geral.

Mas esse meu lado mais crítico diz assim: alguns minutos não indicam que você mudou de patamar. Para isso, o ideal teria sido na casa dos 2:20. ;-)))

3 comentários:

Joel dos Santos Leitão disse...

Cara, que stress no mar, hein?!
Pena que você tenha passado por isso num ambiente que deveria ser tão amigável.
Já te disse isso pessoalmente, e reafirmo. Esse tipo de postura me faz questionar se eu curtiria participar de uma prova de triatlon.
Gosto de nadar, mas não gosto de despertar o meu lado animalesco, nem de levar porrada.
De qualquer forma, Vagner, você mandou bem, e sua colocação aliada ao número de participantes deixa isso evidente.
Parabéns!

marli disse...

Bom início de semana, passando para conferir seu post...
Parabéns por mais uma prova cumprida.
Bons treinos,
Boas energias,
simbora \o/ eeeeeee
@marlipalugan
www.marlipalugan.blogspot.com

simplifique disse...

Q prova !!!
PArabens !!!
Natação show e com os mulambos cheios de marra.
Bike com cadencia baixa, que funciona e nem eu acredito.
E corrida IG com mudança de cadencia. Vc ta sinistro.
Parabens.
E que venha caioba.
Cara, q bermuda é essa? Estou preciando de uma pro fuel belt, o cinto estragou.
Abs.