Os treinos específicos para o Iron, mais pesados, começaram de fato agora.
Algumas pessoas poderiam estranhar, pois muitos já estão na expectativa de aliviar o volume nas próximas semanas.
Segunda-feira, treinos de velocidade - 12 x 800 metros, procurando a melhor média. Ao invés de tiros, preferi seguir exatamente o que o Vinicius pediu. Corri solto, procurando uma velocidade alta, mas relativamente confortável para manter o ritmo do começo ao fim. Além de terminar mais inteiro, consegui ótimas médias (lembrando que não ligo muito para bater record de pace) e o treino foi muito mais prazeiroso.
Terça começa sempre com com o rolo pela manhã, com um treino que consistiu em 15 minutos de aquecimento e 45 Big Gear pesado (cadência em torno de 40 rpms), mas moderado. Também é uma dos meus preferidos, pois não me estressa como os contra-relógios. A noite, 20 x 25 metros, sendo 3 forte e um fraco, mais 200 metros para soltar - isso três vezes - esse já dói, porque eu procuro mando bala - mas termino inteiro.
Quarta-feira, feriado, fui para a rua logo de manhã, fazer 90 minutos - 30 fraco, 30 moderado e 30 forte. O tempo passou rápido, me senti bem e tive o dia inteiro para aproveitar o feriado. Ótimo.
Quinta-feira, rolo novamente - 10 x 3 minutos forte e 90 segundos fácil. Contando com o aquecimento, novamente 1 hora de treino. Sai do treino bastante satisfeito, porque o esforço não estrangula o sistema aeróbico e o tempo de recuperação é o suficiente para você manter o nível máximo de esforço que é pedido durante todo o tempo. A noite, o mesmo treino de terça-feira, que realizei também sem problemas.
Na sexta-feira, o Vinicius resolveu me dar algo mais desafiador. Ao invés de 4 km dividido 8 vezes (8 x 500 metros, com descanso de 45 nos intervalos), nessa semana 4 x 1 km. Fiquei muito feliz com o resultado. Fazendo um esforço moderado/forte, consegui fazer sempre um tempo entre 18 alto e 19 minutos baixo - semana passada, foram pouco menos de 10 minutos para cada 500.
Ou seja, apesar de não ter aumentado meu desempenho, consigo mantê-lo no dobro da distância.
Sábado, antes da minha última aula na PUC esse semestre, fui fazer o longo de 2:30 as 5:00 no Campo de Marte. Como choveu na sexta-feira, temi que tivesse que correr embaixo de água. Mas nada disso aconteceu e estava até quente. Corri com as polainas e gostei do resultado, mas confesso que senti o treino - não foi difícil, só que não me senti confortável na última parte.
Domingo, Riacho Grande para fazer 6 horas de bike. Sai ainda de madrugada e um dirigi meio estressado porque o nevoeiro na Anchieta estava pesado demais, piorando mais quanto mais me aproximava do Riacho.
Quando consegui ver os bares de Karaokê, ufá, que alivio - aliás, tenho a maior simpatia por aqueles bares e o pessoal que freqüenta lá - as vezes, vestuário de triatleta é uma coisa muito estranha, pra lá de afetada, só que lá ninguém mexe com você.
Como também a gente não liga para o fato de cantarem mal pra burro até 6 da manhã, fica zero a zero e tudo bem para todo mundo.
O coach pediu só volume - mas, chegando lá, comecei a pedalar moderado/forte. O motivo foi mais imbecil possível - não queria tomar uma volta de um cara que pedalava com um demônio.
Bom, mas para falar a verdade, não era só isso. Também queria me testar. Se já me considero pronto para nadar no IMB, o mesmo ainda não poderia dizer em relação a 180 km de ciclismo.
Consegui uma média de 29 km/hora o treino todo, completando cerca de 170 km em 6 seis horas - resultado bem superior ao meus treinos do ano passado, quando fazia 160 em 6:20.
O ponto crítico, entretanto, foi o desempenho ruim perto do final do treino em função do desgaste - só me recuperei quando parei, tomei BCAA e comprei duas garrafas de garotade, porque as duas caramãnholas já estavam vazias. Vou ter que prestar mais atenção a alimentação e foi um bom teste para ver que esse ajuste é urgente!
Agora, voltando ao ponto inicial, por quê meus treinos com volume alto começaram mais tarde que ano passado e por quê estou treinando menos? O Vinicius diz o seguinte: primeiro, que em seu primeiro Iron você treina com um louco por medo de quebrar e, segundo, eu devo considerar que já tenho um Iron.
É verdade, eu tenho. Mas como isso funciona? Quer dizer que o condicionamento que obtive nos treinos duros de 2009 ainda está valendo? As coisas são tão cumulativas assim, mesmo quando falamos em um prazo tão longo?
A resposta obtive hoje - ao terminar meu primeiro treino de 6 horas visando o IMB de 2010, tive a sensação de que esse era a continuação do último pedal que fiz no mesmo Riacho Grande de para o IMB 2009!
Claro, terminei cansado e as conseqüências disso nos próximos dias podem não ser boas - mas que fiquei mais confiante, fiquei.
Essa semana, a novidade é que um treino de transição no sábado, já que agora tenho o dia livre. Vamos voltar a USP...