Desde de Penha dei uma pausa nas provas e nos treinos mais específicos - sobretudo aqueles com maior intensidade, que me trazem sofrimento com dias de antecedência.
Nesse sentido, não se trata de uma brecha apenas para um descanso físico propriamente dito, mas de uma estratégia contra o esgotamento mental considerando o meu perfil pessoal.
Para lidar com esse problema o Rodrigo redesenhou os treinos de uma forma bem interessante - basicamente ele antecipou os treinos de volume para fevereiro e "escondeu"os treinos de intensidade lá dentro pra que eu não visse....;-))))
Ao invés de dois grandes ciclos de treinamento dentro da chamada "periodização invertida"(intensidade e depois volume) típicos para as provas de longa distância como o Iron, ele construiu uma estratégia tipo "tudo junto e misturado agora".
Ou seria "agora junto tudo misturado" ou "misturado junto tudo agora"????
Bem...;-)))))
Acostumado com uma rotina um pouco diferente, minha primeira reação com a planilha nova foi um susto. Mas quando os treinos começaram minha reação física foi boa e, o mais importante, a psicológica foi melhor ainda.
Encarei essa fase com um desafio a parte.
Mas pra dar conta desse fase de treinos logo percebi que duas questões eram vitais : garantir que o meu sistema imunológico agüentasse o tranco e conseguir uma boa recuperação muscular a cada treino.
Bem, considerando esse contexto, eu não tinha grandes expectativas em relação ao Internacional para esse ano - principalmente levando em conta que tive meu melhor desempenho lá ano passado fazendo treinos específicos para uma prova com caracteristicas do triathlon olimpico.
E o Rodrigo nem programou um polimento, só descanso no sábado.
E outro detalhe importante é que o pedal seria uma incógnita - troquei de bike e não tive tempo de testá-la, já que ela ficara pronta às vésperas da prova.
Eu já vinha pensando nessa troca desde do 70.3 do Brasil ano passado.
A mudança foi uma atitude um pouco óbvia - o custo de manutenção e troca de peças de uma bike usada e barata era tal que já estava compensando comprar outra.
Só que, de cara, depois de uma fase super legal com uma bicicleta de aluminio, eu não estava tentado a comprar uma "superbike".
Mas deixa explicar direito, já que na internet triatlética a gente tem que explicar para os que gostam de superbikes o motivo que nos leva a fazer uma opção diferente; mas o contrário também é verdade, já que quando alguém compra uma bike de ponta parece que precisa justificar para Deus e o mundo porque faz isso.
Eu nunca vi um povo mais melindrado que o pessoal que faz triathlon nesse ponto.
Olha, na boa, se eu pudesse eu comprava o modelo top de cada marca!
Opâââââ.....
Problema é que mesmo que estivesse sobrando grana para comprar tudo o que eu quero, acho os preços desproporcionais demais.
Um amigo meu diz que as bikes são caras porque são feitas com "novos materiais" e outro amigo que trazem embutidas "novas tecnologias".
Sei...
Eu não fiz as contas por preguiça, mas se alguém quiser pega o preço/kilo em dólar de uma superbike e compara com a de um satélite da Nasa...
O preço/quilo da bike é mais caro.
E eu não iria me sentir bem pedalando em um satélite da Nasa, sabe?
Se o argumento for "tecnologia" para justificar o preço, então alguém poderia me dizer como uma bateria e uma caixa de troca de marchas eletrônica pode embutir mais pesquisa e desenvolvimento que o televisor da sua sala?
E também tem um dado pessoal: para quem cresceu na Vila Maria e viu os pais cheios de carnês do Mappim e das Casas Bahia para pagar se sente mal com esse tipo de luxo.
Minha pesquisa começou com o Wagner Araújo, que me deu um leque de opções baseado no que eu tinha lido no Guia de Bikes do MundoTri.
Aquele manual evitou que eu entrasse em certas roubadas e entendesse melhor que eu precisava de uma bike alta e um pouco mais curta.
Já o Pipo, que fez o meu bike fit e tem os meus dados, me indicou o tamanho dos modelos que eu poderia comprar.
Faltava escolher qual....
A decisão final veio de uma conversa com o Max depois da leitura de um texto sobre as diferenças entre a P2 e a P3 que estava publicado no Blog dele.
Além de didático, achei o texto de uma honestidade que...sinceramente? Ali percebi que, se fosse comprar, tinha que ser com ele.
E outro fato importante é que eu não queria pensar em detalhes e teria que delegar isso a alguém que me desse respostas para perguntas que eu nem tinha capacidade de formular.
Pois diferentemente dos aficionados, discutir bikes comigo gera o mesmo interesse que os filmes iranianos dos anos 80 ou verbetes de um dicionários Klingon de expressões idiomáticas.
Eu quero é uma bike boa e...bonita.
É, tem que ser Bo-ni-táááá...siiiimmmmmm!
Ah, e "barata" :-)))))
Ai gostei do grafismo da P2 e o texto do Max foi bastante enfático sobre o custo/benefício da bike em relação a P3, sobretudo considerando o perfil das provas que eu faço.
Bom, fiz o bike fit na All Distance com o Pipo na sexta-feira ainda na dúvida se iria para o Internacional com a P2 sem ter rodado com ela.
Ele nem pensou duas vezes: "pega a bike nova e vai - já tá pronta".
Uma coisa comigo é assim: se o cara que eu confio tá confiante, "tô-maticamente" fico confiante também.
Andei com a bike na USP bem cedinho no sábado só para me certificar se estava tudo ok.
Mas acordei cedo demais para esse treino e estava me sentindo cansado.
E sabe quando você está cansado, só que não consegue dormir? Pois é, fiquei o dia inteiro assim...
E no dia anterior tinha aquele problema na Imigrantes.
Falei com o Edú "Três-Meios" que gentilmente pegou o kit pra mim e me disse que a descida sábado foi punk.
Fui tentar dormir cedo no sábado, mas não dormia. Tentei pelo menos relaxar.
A Prova
Acho que cochilei e as quatro estava de pé.
Peguei a estrada, que estava bem tranqüila eu fui ouvindo um CD do Roy Orbison.
Nenhum motivo especial. É que a porcaria do toca-cd tá quebrado e tem cd que toca e cd que não toca...
Cheguei cedo, dei uma piscada de sono e logo outros carros chegaram no estacionamento.
O Daniel Blóis colocou o carro bem na minha frente. Desci e batemos um papinho.
Aliás, é uma festa o que eu conheço de médico-triatleta: Daniel, Chico, Beto, Antonio, Tiago...
Esses caras podiam competir em uma categoria a parte.
E é engraçado porque tem gente que eu vejo, tem gente que eu não vejo...
Mas eles eu encontro todos! É impressionante!
Se algum dia acontecer algo comigo minha mãe pode ficar tranks que não vai ser por falta de médico que eu vou desta para melhor.
Só quero ver quando eu precisar de um mesmo fora das provas...
Vamú vê se esse povo aparece!!! ;-))))
Na transição encontrei a Nilma, Deise, Caio, Douglas, conheci o Curado e o Dilson pessoalmente, vi ainda o Thiago, Kleber, Joka, Luiz e o pessoal do Riacho Grande que estava fazendo a prova.
E teve mais gente ainda, mas deixa eu confessar aqui...
O Internacional tem um parte que é especial por conta dos amigos que ficam torcendo pela gente.
Você está lá correndo, ouve gritarem o seu nome e responde meio que virando para trás "Valeeeeuuuuuuuu", "Êba", "Ôpa", "Aêêêê"...
Só que, mano, vou falar uma verdade aqui pro cê: eu nunca sei quem é!
Não consigo advinhar um!!!!!!!
Depois as pessoas chegam e falam que te viram e coisa e tal....
"Pô, jura? Ah, lembrei! Você tava ali vendo a corrida, né? Claro que te vi...."
Tudo mentira....
E não vem que não tem que todo mundo faz a mesma coisa!
Só que só eu venho aqui e falo! ;-)))))
Bem, o mar estava sossegado para nadar, mas tinha pouca água.
Saiu todo mundo correndo a mil quando foi dada a largada, só que quando chegou no mar não dava para nadar e lá dentro a gente tinha que andar bastante porque estava muito raso.
Ai eu pergunto no nosso "minuto de reflexão"- o que adiantou aquele estouro de boiada?????
Comecei a natação com a respiração boa, uma pouco descordenada, mas os braços pareciam fracos.
Depois da primeira bóia as coisas se estabilizaram e pela primeira vez fiz alguns poucos trechos com respiração bilateral para ver como eu me sentia.
Olha, valeu!
Primeiro, porque realmente você se situa muito melhor no mar. É fato.
Depois, tem outro motivo: é possível coordenar melhor a respiração com o ritmo.
Bom, mas foram apenas em alguns trechos e fechei para 28:40.
Não gostei. Nadei 250 metros a mais por conta de uma barriga besta.
A gente treina técnica, volume, força, velocidade na piscina...
Mas no mar é outra coisa. Você pode ser o nadador mais perfeito do mundo, mas nadar torto joga tudo na lata do lixo.
Até por isso preciso continuar investindo em nadar com respiração bilateral.
Sai da água e fui para a transição. Ai outra mancada.
Como a minha bike estava no corredor a esquerda, era só eu vir correndo até encontra-lá. E marquei um loja onde estava escrito "Aluguel".
Só que cadê a bike! Óbvio, inconscientemente, minha referência era uma Fuji vermelha e preta.
E tinha alguma Fuji lá?????
Pois é...
Para piorar me deu um branco naquela afobação toda e esqueci o meu número.
Encontrei o Kleber Correa, que estava cobrindo a prova pelo MundoTri, e perguntei a ele se tinha visto a bike...
Só que ele não sabia que eu tinha trocado a dita cuja e ficou procurando a Fuji também.
Uma confusão que durou um minuto, mas que na cabeça da gente parece que são três horas...
Achei a bike e enquanto colocava o capacete que não entrava, o Kleber me zoava tirando foto com o celular!
Coisa de amigo, sabe? ;-)))))
Comecei o pedal, mas no inicio fiquei com receio de clipar. Meu coração tinha disparado com a confusão e eu não estava confiante.
Explico a falta de confiança: eu já abandonei um Internacional porque tomei um tombo naquela área mais urbanizada por conta de um rapaz que furou o bloqueio com uma bicicleta de passeio.
E eu não sou exatamente um craque da bike.
Bastava me ver tomando capote de velotrol quando eu era menino para saber que ciclismo não seria uma opção de futuro pra mim....
O Beto Nitrini me passou e disse para eu clipar! Ele estava voando e ultrapassando todo mundo sem tomar conhecimento de ninguém...
Faz diferença você não ter medo e andar bem nessas horas. E se você anda forte como ele, melhor ainda...
Mas ai entrei na Anchieta e finalmente fui para o clipe.
E ai vi que realmente, mas realmente, uma bike superior faz a diferença.
Tudo bem, a gente sempre diz que o conta no fundo são as pernas e muito treino. Verdade.
Mas tudo isso junto com um bom fit e uma bike como a P2 a coisa fica diferente.
Se um dia eu falei que bike "é tudo a mesma coisa", olha, queimei a língua.
Retiro o que eu disse...
Fiz um contra-relógio na primeira perna dentro da Anchieta. Nunca andei tanto - olhei rapidinho o velocimetro e seguia a 40 km/hora.
Mesmo com a frente mais alta e uma bike maior, nada mudou em termos de desempenho - ou mudou para melhor.
Só que na segunda perna fui alcançado por um pelotão gigante que me engoliu e acabou com o meu divertimento.
Tirei o pé para ganhar distância e reclamei com o fiscal, chinguei, bati panela, liguei para a policia, chamei o Detran, a Ecovias....
Ai deixei os caras, mais de 50 gatos gordos bem folgados, abrirem e fiquei atrás achando que a prova tinha acabado pra mim porque perdi completamente o embalo.
Agora, vem cá. Vou fazer sermão!
Ele nem pensou duas vezes: "pega a bike nova e vai - já tá pronta".
Uma coisa comigo é assim: se o cara que eu confio tá confiante, "tô-maticamente" fico confiante também.
Andei com a bike na USP bem cedinho no sábado só para me certificar se estava tudo ok.
Mas acordei cedo demais para esse treino e estava me sentindo cansado.
E sabe quando você está cansado, só que não consegue dormir? Pois é, fiquei o dia inteiro assim...
E no dia anterior tinha aquele problema na Imigrantes.
Falei com o Edú "Três-Meios" que gentilmente pegou o kit pra mim e me disse que a descida sábado foi punk.
Fui tentar dormir cedo no sábado, mas não dormia. Tentei pelo menos relaxar.
A Prova
Acho que cochilei e as quatro estava de pé.
Peguei a estrada, que estava bem tranqüila eu fui ouvindo um CD do Roy Orbison.
Nenhum motivo especial. É que a porcaria do toca-cd tá quebrado e tem cd que toca e cd que não toca...
Cheguei cedo, dei uma piscada de sono e logo outros carros chegaram no estacionamento.
O Daniel Blóis colocou o carro bem na minha frente. Desci e batemos um papinho.
Aliás, é uma festa o que eu conheço de médico-triatleta: Daniel, Chico, Beto, Antonio, Tiago...
Esses caras podiam competir em uma categoria a parte.
E é engraçado porque tem gente que eu vejo, tem gente que eu não vejo...
Mas eles eu encontro todos! É impressionante!
Se algum dia acontecer algo comigo minha mãe pode ficar tranks que não vai ser por falta de médico que eu vou desta para melhor.
Só quero ver quando eu precisar de um mesmo fora das provas...
Vamú vê se esse povo aparece!!! ;-))))
Na transição encontrei a Nilma, Deise, Caio, Douglas, conheci o Curado e o Dilson pessoalmente, vi ainda o Thiago, Kleber, Joka, Luiz e o pessoal do Riacho Grande que estava fazendo a prova.
E teve mais gente ainda, mas deixa eu confessar aqui...
O Internacional tem um parte que é especial por conta dos amigos que ficam torcendo pela gente.
Você está lá correndo, ouve gritarem o seu nome e responde meio que virando para trás "Valeeeeuuuuuuuu", "Êba", "Ôpa", "Aêêêê"...
Só que, mano, vou falar uma verdade aqui pro cê: eu nunca sei quem é!
Não consigo advinhar um!!!!!!!
Depois as pessoas chegam e falam que te viram e coisa e tal....
"Pô, jura? Ah, lembrei! Você tava ali vendo a corrida, né? Claro que te vi...."
Tudo mentira....
E não vem que não tem que todo mundo faz a mesma coisa!
Só que só eu venho aqui e falo! ;-)))))
Bem, o mar estava sossegado para nadar, mas tinha pouca água.
Saiu todo mundo correndo a mil quando foi dada a largada, só que quando chegou no mar não dava para nadar e lá dentro a gente tinha que andar bastante porque estava muito raso.
Ai eu pergunto no nosso "minuto de reflexão"- o que adiantou aquele estouro de boiada?????
Comecei a natação com a respiração boa, uma pouco descordenada, mas os braços pareciam fracos.
Depois da primeira bóia as coisas se estabilizaram e pela primeira vez fiz alguns poucos trechos com respiração bilateral para ver como eu me sentia.
Olha, valeu!
Primeiro, porque realmente você se situa muito melhor no mar. É fato.
Depois, tem outro motivo: é possível coordenar melhor a respiração com o ritmo.
Bom, mas foram apenas em alguns trechos e fechei para 28:40.
Não gostei. Nadei 250 metros a mais por conta de uma barriga besta.
A gente treina técnica, volume, força, velocidade na piscina...
Mas no mar é outra coisa. Você pode ser o nadador mais perfeito do mundo, mas nadar torto joga tudo na lata do lixo.
Até por isso preciso continuar investindo em nadar com respiração bilateral.
Sai da água e fui para a transição. Ai outra mancada.
Como a minha bike estava no corredor a esquerda, era só eu vir correndo até encontra-lá. E marquei um loja onde estava escrito "Aluguel".
Só que cadê a bike! Óbvio, inconscientemente, minha referência era uma Fuji vermelha e preta.
E tinha alguma Fuji lá?????
Pois é...
Para piorar me deu um branco naquela afobação toda e esqueci o meu número.
Encontrei o Kleber Correa, que estava cobrindo a prova pelo MundoTri, e perguntei a ele se tinha visto a bike...
Só que ele não sabia que eu tinha trocado a dita cuja e ficou procurando a Fuji também.
Uma confusão que durou um minuto, mas que na cabeça da gente parece que são três horas...
Achei a bike e enquanto colocava o capacete que não entrava, o Kleber me zoava tirando foto com o celular!
Coisa de amigo, sabe? ;-)))))
Comecei o pedal, mas no inicio fiquei com receio de clipar. Meu coração tinha disparado com a confusão e eu não estava confiante.
Explico a falta de confiança: eu já abandonei um Internacional porque tomei um tombo naquela área mais urbanizada por conta de um rapaz que furou o bloqueio com uma bicicleta de passeio.
E eu não sou exatamente um craque da bike.
Bastava me ver tomando capote de velotrol quando eu era menino para saber que ciclismo não seria uma opção de futuro pra mim....
O Beto Nitrini me passou e disse para eu clipar! Ele estava voando e ultrapassando todo mundo sem tomar conhecimento de ninguém...
Faz diferença você não ter medo e andar bem nessas horas. E se você anda forte como ele, melhor ainda...
Mas ai entrei na Anchieta e finalmente fui para o clipe.
E ai vi que realmente, mas realmente, uma bike superior faz a diferença.
Tudo bem, a gente sempre diz que o conta no fundo são as pernas e muito treino. Verdade.
Mas tudo isso junto com um bom fit e uma bike como a P2 a coisa fica diferente.
Se um dia eu falei que bike "é tudo a mesma coisa", olha, queimei a língua.
Retiro o que eu disse...
Fiz um contra-relógio na primeira perna dentro da Anchieta. Nunca andei tanto - olhei rapidinho o velocimetro e seguia a 40 km/hora.
Mesmo com a frente mais alta e uma bike maior, nada mudou em termos de desempenho - ou mudou para melhor.
Só que na segunda perna fui alcançado por um pelotão gigante que me engoliu e acabou com o meu divertimento.
Tirei o pé para ganhar distância e reclamei com o fiscal, chinguei, bati panela, liguei para a policia, chamei o Detran, a Ecovias....
Ai deixei os caras, mais de 50 gatos gordos bem folgados, abrirem e fiquei atrás achando que a prova tinha acabado pra mim porque perdi completamente o embalo.
Agora, vem cá. Vou fazer sermão!
Eu gosto do triathlon. Eu sofro muito, mas gosto.
E acho extraordinário terminar um. Sempre!
E acho extraordinário terminar um. Sempre!
Porque na grande maioria das vezes a primeira prova é uma meta pessoal - não se trata apenas de vencer a distância, mas executar três disciplinas dentro de uma mesma dinâmica em que você sai da água desnorteado, vai para o pedal dando conta de todos os detalhes logisticos - que vão de óculos, capacete a alimentação e ainda tem que correr com as mesmas pernas cansadas que fizeram força contra vento mais 10k.
Isso não é trivial.
Agora, tirando isso - triathlon é esporte?
Não responde automaticamente "claro que é". Pensa um pouco...
Agora, vamos aqui fazer uma analogia.
Agora, tirando isso - triathlon é esporte?
Não responde automaticamente "claro que é". Pensa um pouco...
Agora, vamos aqui fazer uma analogia.
Imagine uma prova de 10k onde as pessoas não podem, mas chegam na sua frente cortando caminho. Uma maratona em que um sujeito pode fazer parte do trajeto de carro.
Você ficaria motivado a participar de um evento desse tipo?
Esporte pressupõe competição sob regras. Se as regras não são seguidas, como é que faz?
Dá para jogar xadrez se o seu oponente não segue as convenções para cada peça?
Então como é possível competir no triathlon se cada um faz o que bem entende?
Como se comparam os resultados?
Fosse isso uma vez ou outra, vá lá. Se fosse três ou quatro...tudo bem.
Mas acontece sempre e desconfio que se trata da maioria!
Você ficaria motivado a participar de um evento desse tipo?
Esporte pressupõe competição sob regras. Se as regras não são seguidas, como é que faz?
Dá para jogar xadrez se o seu oponente não segue as convenções para cada peça?
Então como é possível competir no triathlon se cada um faz o que bem entende?
Como se comparam os resultados?
Fosse isso uma vez ou outra, vá lá. Se fosse três ou quatro...tudo bem.
Mas acontece sempre e desconfio que se trata da maioria!
E, mesmo que alguém por ventura possa me dizer "Pense apenas no seu resultado e poderá ficar feliz com os avanços pessoais".
Pois é, mas quando um pelotão gigantesco te toma a frente ou você tira o pé ou se arrisca a ficar na zona de perigo - sim, porque pelotão é uma bomba-relógio.
O seu desafio pessoal mia do mesmo jeito.
O seu desafio pessoal mia do mesmo jeito.
E não vamos aqui tapar o sol com a peneira e inventar desculpas.
Isso não é um problema da organização, ok?
Não tem fiscal que possa dar conta de vários pelotões, cada um deles com quase uma centena de ciclistas juntos.
A gente está discutindo uma questão de atitude pessoal.
Isso não é um problema da organização, ok?
Não tem fiscal que possa dar conta de vários pelotões, cada um deles com quase uma centena de ciclistas juntos.
A gente está discutindo uma questão de atitude pessoal.
A gente culpa os técnicos das assessorias porque não em parte eles deveriam ser agentes de conscientização.
Mas eu vi um pessoal no bolo do pelotão com uniforme da assessoria cujo técnico jamais pactuaria com essa mediocridade.
Então a coisa tá tão fora de controle que, ou bem a gente mesmo faz auto-critica do que acontece nas provas, ou bem daqui a pouco seremos vistos como praticantes de um esporte de mentirinha cheio de gato gordo depilado.
E com toda razão.
Bom...falei muito?
Putz, perdi até o fio da meada...
Fechei o pedal para 1:01, mas contando com as transições deu 1:06.
Sai para correr com as pernas leves e com os batimentos baixos. E com raiva.
Esqueci calor, esqueci cansaço, esqueci a umidade, esqueci tudo e fiz o que mais gosto no triathlon que é a corrida.
Sabe quando a corrida encaixa?
Nunca me senti tão bem e fechei para 42:54, finalizando a prova em 2:18:04.
Consegui entrar no top 10 da categoria (ano passado fui 15) e melhorei em relação ao ano passado.
Em 2010 e 2011 eu fazia o Internacional na casa dos 2:30...2:27... e pensava "nossa como é duro tirar um ou dois minutos" e ficava olhando os caras que faziam na casa dos 2:20.
Ai quando você chega nesse patamar, você vê que a escada sobe mais e nos degraus de cima tem pessoas fazendo na casa 2:15, 2:10 ou menos...
E é engraçado porque a sensação é que "todo mundo" tá fazendo esse tempo, sabe?
Que treinar e competir é uma trabalho de Sísifo. Os degraus não acabam nunca....
E parece que os degraus que foram vencidos não contam.
Não fossem os amigos.
Amigos que te cumprimentam na chegada com um abraço, deixam mensagem no FB e no Twitter ou te escrevem no dia seguintes para te dar um parabéns.
Eles te dão uma perspectiva quando a auto-critca da gente nos engole.
E é por conta dessa atitude bacana que quando coloco a cabeça no travesseiro posso sorrir e pensar:
"Pô, 2:18. Nossa, que legal...".
Mas eu vi um pessoal no bolo do pelotão com uniforme da assessoria cujo técnico jamais pactuaria com essa mediocridade.
Então a coisa tá tão fora de controle que, ou bem a gente mesmo faz auto-critica do que acontece nas provas, ou bem daqui a pouco seremos vistos como praticantes de um esporte de mentirinha cheio de gato gordo depilado.
E com toda razão.
Bom...falei muito?
Putz, perdi até o fio da meada...
Fechei o pedal para 1:01, mas contando com as transições deu 1:06.
Sai para correr com as pernas leves e com os batimentos baixos. E com raiva.
Esqueci calor, esqueci cansaço, esqueci a umidade, esqueci tudo e fiz o que mais gosto no triathlon que é a corrida.
Sabe quando a corrida encaixa?
Nunca me senti tão bem e fechei para 42:54, finalizando a prova em 2:18:04.
Consegui entrar no top 10 da categoria (ano passado fui 15) e melhorei em relação ao ano passado.
Em 2010 e 2011 eu fazia o Internacional na casa dos 2:30...2:27... e pensava "nossa como é duro tirar um ou dois minutos" e ficava olhando os caras que faziam na casa dos 2:20.
Ai quando você chega nesse patamar, você vê que a escada sobe mais e nos degraus de cima tem pessoas fazendo na casa 2:15, 2:10 ou menos...
E é engraçado porque a sensação é que "todo mundo" tá fazendo esse tempo, sabe?
Que treinar e competir é uma trabalho de Sísifo. Os degraus não acabam nunca....
E parece que os degraus que foram vencidos não contam.
Não fossem os amigos.
Amigos que te cumprimentam na chegada com um abraço, deixam mensagem no FB e no Twitter ou te escrevem no dia seguintes para te dar um parabéns.
Eles te dão uma perspectiva quando a auto-critca da gente nos engole.
E é por conta dessa atitude bacana que quando coloco a cabeça no travesseiro posso sorrir e pensar:
"Pô, 2:18. Nossa, que legal...".