Faz tempo, muito tempo que eu deveria ter ido ao Rio para fazer essa prova de Triathlon Olimpico.
O Rodrigo havia colocado na programação outras vezes, mas por um motivo ou por outro, até então não tinha sido possível.
Mas valeu a pena esperar, pois a verdadeira graça da coisa estava em rever o amigos, como o Rodrigo, o Artur e o Wlad e a Aline, além de conhecer pessoalmente o Peter, o Fabio Russomano e o Xampa, que já tinha vindo algumas vezes a São Paulo - só que é mais fácil ir ao encontro dele no Rio do que cruzar a cidade de Santana ao Ibirapuera de carro para a gente conversar.
E, veja, isso não é "jeito de falar" sobre o trânsito de São Paulo. O negócio é assim mesmo; quem vive aqui, sabe.
Até escrevi para o Wlad e para o Xampa que, depois do relato de ambos, eu nem tinha motivo para escrever o post nesse blog, a não ser para agradecer aos dois pelas coisas bacanas que escreveram sobre a prova, as fotos e a recepção que deram para nós lá.
Um paulista como eu, que cada vez adere mais ao "manês", diria "coisa de brou, tá ligado maluco?" :-))))
Bem, minhas expectativas para a prova eram poucas em termos de resultado. Com o foco no IM do Texas não fiz nenhuma coisa especial, mas caiu bem para me dar um alento físico e mental, pois os treinos nessa fase são bem pesados pra mim.
No momento em que me encontro na preparação para o Iron, já sai da fase dos treinos de velocidade, mas não totalmente. E o volume aumentou, mas também não é apenas isso.
Bem, fui para o Rio um pouco desanimado por achar que os treinos para eu conseguir fazer um Iron melhor (não necessáriamente mais rápido) que o do ano passado estavam além da minha capacidade.
Vou citar apenas um exemplo para não ser muito chato.
Na quarta-feria faço um treino de corrida na esteira. São 20 minutos de aquecimento.
Feito isso, acerto uma velocidade constante - e quem determina essa velocidade sou eu, já que o método de treinamento respeita a minha percepção de esforço.
Com essa velocidade constante, a brincadeira é a seguinte:
3 minutos a 6% de elevação
5 minutos plano
2 minutos a 8% de elevação
5 minutos plano
1 minuto a 10% de elevação
5 minutos plano.
Isso três vezes e sem intervalo.
Experimenta colocar 12 km/hora.
Foi o que eu fiz. E não consegui.
Na terceira parte, depois de 3 minutos a 6% e mais 5 no plano, quebrei feio.
Não era a alimentação, desidratação, cansaço, stress, tênis, esteira desregulada ou os cámbau .
Não consegui. Sem desculpas.
E quando eu "quebro" o lado mental está sofre mais que o físico.
É como se a minha mente me bloqueasse.
Eu poderia teimar e ir além? Não sei. O custo daquilo poderia ser alto. Pensei que eu tinha outro treino muito difícil na quinta-feira e a prova no domingo, um pouco naquela persepctiva do Max quando ele diz "treine como se existisse o amanhã", um texto que foi lembrado pelo Alexandre no Facebook e com a qual não há como discordar.
Fiquei a academia um pouco mais até a adrenalina baixar, obviamente transtornado.
O Rodrigo havia colocado na programação outras vezes, mas por um motivo ou por outro, até então não tinha sido possível.
Mas valeu a pena esperar, pois a verdadeira graça da coisa estava em rever o amigos, como o Rodrigo, o Artur e o Wlad e a Aline, além de conhecer pessoalmente o Peter, o Fabio Russomano e o Xampa, que já tinha vindo algumas vezes a São Paulo - só que é mais fácil ir ao encontro dele no Rio do que cruzar a cidade de Santana ao Ibirapuera de carro para a gente conversar.
E, veja, isso não é "jeito de falar" sobre o trânsito de São Paulo. O negócio é assim mesmo; quem vive aqui, sabe.
Até escrevi para o Wlad e para o Xampa que, depois do relato de ambos, eu nem tinha motivo para escrever o post nesse blog, a não ser para agradecer aos dois pelas coisas bacanas que escreveram sobre a prova, as fotos e a recepção que deram para nós lá.
Um paulista como eu, que cada vez adere mais ao "manês", diria "coisa de brou, tá ligado maluco?" :-))))
Mas resolvi escrever depois que o Wlad disse "cara, não agüento mais ver aquela foca dando risada no seu blog, pelo amor de Deus...."
Bem, minhas expectativas para a prova eram poucas em termos de resultado. Com o foco no IM do Texas não fiz nenhuma coisa especial, mas caiu bem para me dar um alento físico e mental, pois os treinos nessa fase são bem pesados pra mim.
No momento em que me encontro na preparação para o Iron, já sai da fase dos treinos de velocidade, mas não totalmente. E o volume aumentou, mas também não é apenas isso.
Agora estou nos treinos de (muita) força. E põe força nisso....
E esse lance de fazer o Iron pela quarta vez....
E esse lance de fazer o Iron pela quarta vez....
Vocês notam que a grande maioria das coisas escritas sobre essa prova dizem respeito a primeira participação?
É quase um consenso que o seu primeiro Iron é uma prova em que você deve ter um único e sagrado objetivo: vencer a distância, não importa o tempo.
A partir dos próximos, você começa a pensar em "melhorar".
E vai conseguir.
Pelo menos por dois motivos: terá acumulado um volume maior de treinos e seu corpo terá mudado, adaptando-se ao esforço que você encara continuamente, tornando-se, assim, mais eficiente.
O segundo motivo é que, mais experiente, vai corrigir os erros e acertar os detalhes que faltaram na primeira participação. Só isso tem um impacto importante em termos de resultado.
Mas quando você chega no terceiro, quarto...meu amiiiiiiigo.
Ai se quiser melhor o que vai definir mesmo são os treinos duros.
E esses treinos vão naquela linha de perseverança, que é o "trabalho duro que você faz depois de ter se cansado de fazer o trabalho duro que você já fez", conforme disse uma vez alguém sei lá quem.
É quase um consenso que o seu primeiro Iron é uma prova em que você deve ter um único e sagrado objetivo: vencer a distância, não importa o tempo.
A partir dos próximos, você começa a pensar em "melhorar".
E vai conseguir.
Pelo menos por dois motivos: terá acumulado um volume maior de treinos e seu corpo terá mudado, adaptando-se ao esforço que você encara continuamente, tornando-se, assim, mais eficiente.
O segundo motivo é que, mais experiente, vai corrigir os erros e acertar os detalhes que faltaram na primeira participação. Só isso tem um impacto importante em termos de resultado.
Mas quando você chega no terceiro, quarto...meu amiiiiiiigo.
Ai se quiser melhor o que vai definir mesmo são os treinos duros.
E esses treinos vão naquela linha de perseverança, que é o "trabalho duro que você faz depois de ter se cansado de fazer o trabalho duro que você já fez", conforme disse uma vez alguém sei lá quem.
Bem, fui para o Rio um pouco desanimado por achar que os treinos para eu conseguir fazer um Iron melhor (não necessáriamente mais rápido) que o do ano passado estavam além da minha capacidade.
Vou citar apenas um exemplo para não ser muito chato.
Na quarta-feria faço um treino de corrida na esteira. São 20 minutos de aquecimento.
Feito isso, acerto uma velocidade constante - e quem determina essa velocidade sou eu, já que o método de treinamento respeita a minha percepção de esforço.
Com essa velocidade constante, a brincadeira é a seguinte:
3 minutos a 6% de elevação
5 minutos plano
2 minutos a 8% de elevação
5 minutos plano
1 minuto a 10% de elevação
5 minutos plano.
Isso três vezes e sem intervalo.
Experimenta colocar 12 km/hora.
Foi o que eu fiz. E não consegui.
Na terceira parte, depois de 3 minutos a 6% e mais 5 no plano, quebrei feio.
Não era a alimentação, desidratação, cansaço, stress, tênis, esteira desregulada ou os cámbau .
Não consegui. Sem desculpas.
E quando eu "quebro" o lado mental está sofre mais que o físico.
É como se a minha mente me bloqueasse.
Eu poderia teimar e ir além? Não sei. O custo daquilo poderia ser alto. Pensei que eu tinha outro treino muito difícil na quinta-feira e a prova no domingo, um pouco naquela persepctiva do Max quando ele diz "treine como se existisse o amanhã", um texto que foi lembrado pelo Alexandre no Facebook e com a qual não há como discordar.
Fiquei a academia um pouco mais até a adrenalina baixar, obviamente transtornado.
As vezes a gente faz 90% do treino, mas o que fica mesmo na nossa cabeça são os 10% do objetivo que não se atingiu.
A sensação é: putz, não fiz nada!!!!
Parece que a gente nem foi no treino.
Tô mentindo?
Problema de quebrar assim, eu sei, não é apenas o efeito imediato, mas o que vem depois - tem gente que fica incorformada, põe a faca nos dentes e tenta novamente em outras ocasião; mas há aquelas em que bate o desânimo e o medo de sofrer novamente nos treinos que virão pela frente.
Eu vezes pendo para um lado, vezes para o outro.
Por isso no outro dia retomei logo pela manhã um sessão de funcional relativamente leve, conversei um pouco com amigos que chegam cedo na academia para descontrair e a noite me preparei para 2:30 no rolo fazendo muita força.
E consegui encaixar bem esse treino, que é outro exercício complicado.
No outro dia as coisas estavam todas no seu devido lugar novamente.
O pedal são duas voltas, sendo a maior parte dele feito na Perimetral. O pessoal falou tanto dosespaçadores na pista e nos "buracos" que até fiquei preocupado. Só que para quem está acostumado com as condições do pedal no TB, principalmente ali perto do Porto, realmente o problema para um cara de fora é beeeeemmmmm menor que os meus amigos do Rio estão achando.
Ah, sim. Prova pequena que vai crescendo chama algumas pragas, tais como os pelotões. Poucos, mas havia. Como disse o Rodrigo indignado "Se o cara quer fazer uso do vácuo, porque não faz a inscrição no sprint do estadual, em que é permitido andar na roda?"
A fiscalização atua, mas não sei se houve punições ou se elas são suficientes. Como diz o Marlus, talvez fosse o caso de eliminar o sujeito das provas e não permitir a inscrição nas outras. Não sei se é possível (acho que não há meios legais para isso), mas eu concordo com ele.
Pedalei o tempo todo muito pesado e dei uma "quebrada" no último terço da prova. Sem dúvida aquilo já era o sinal dos treinos pesados da semana, embora quando voltei para o aterro minha pernas já estavam ok.
Fiz uma transição rápida e sai para correr com uma desenvoltura que me surpreendeu - eu praticamente "sprintei" no ínicio.
A sensação é: putz, não fiz nada!!!!
Parece que a gente nem foi no treino.
Tô mentindo?
Pois é...
Problema de quebrar assim, eu sei, não é apenas o efeito imediato, mas o que vem depois - tem gente que fica incorformada, põe a faca nos dentes e tenta novamente em outras ocasião; mas há aquelas em que bate o desânimo e o medo de sofrer novamente nos treinos que virão pela frente.
Eu vezes pendo para um lado, vezes para o outro.
Por isso no outro dia retomei logo pela manhã um sessão de funcional relativamente leve, conversei um pouco com amigos que chegam cedo na academia para descontrair e a noite me preparei para 2:30 no rolo fazendo muita força.
E consegui encaixar bem esse treino, que é outro exercício complicado.
No outro dia as coisas estavam todas no seu devido lugar novamente.
Ufá!!!!!
Bem, obviamente notamos todos aqui que da prova que é bom mesmo não tem quase nada até agora nesse post...
Eu sou mais ou menos aquele tipo que você encontra na rua e pergunta "Fala manú, tudo bem?"
Ai o sujeito acha que a pergunta é para ser respondida de verdade e começa a contar todos os problemas da vida dele...:-)))))
Indo mais direto ao assunto então (juro que vou tentar).
A prova lá do Rio é uma coisa simples, nada muito diferente da provas americanas pelo que vi em Miami.
A diferença é o Estadual é mais "caseiro", no sentido que atrasos são tolerados para a entrada na transição, não há pintura de número, a demarcação da largada da natação é meio que "no grito" ( tem um cara fica gritando "pessooooaaaallll, a largada é aquiiiiiiii"), não tem hidratação no percurso do pedal e chip apenas na corrida.
Isso é um problema? Olha, se você encara o evento a partir de um ponto de vista hiper-super-ultra competitivo e se atém aos detalhes, provavelmente vai ver uma série de problemas que eu não vi.
Só que se a sua perspectiva é nadarpedalarcorrer em um dos lugares mais lindos do mundo, com pessoas simpáticas e amigas, além de triatletas com um ótimo nível...bem, então você vai gostar demais da prova, como eu gostei
Na verdade, o Estadual do Rio está no meio do caminho entre simples, baratas e charmosas "provas comunitárias" que se encontra muito na Europa, sobretudo na Inglaterra, e um evento como o Troféu Brasil, nos moldes em que ele é realizado hoje.
E me parece que funciona. Só que, atenção: ano passado foram 100 inscritos da primeira etapa, contra 400 em 2012.
O aumento do número de inscrições no futuro pode trazer estrangulamentos, fazendo-a pagar o preço pelo seu próprio sucesso. Ai o formato vai ter que mudar um pouco...
E como foi a prova mesmo?
Ah, sim...:-))))
A minha natação continua teimosamente estacionada e não acompanha e evolução na bike na corrida. Sai forte, perto da água e desta vez não me confundi em relação as bóias.
Tomei apenas uma bolacha no rosto, na segunda perna das duas voltas, quando o pessoal já está mais disperso. Na hora fiquei bravo, mas o camarada pediu desculpas e, olha, quer saber? Nem doeu tanto...:-))))
Depois do último número da Revista do MundoTri, sobretudo os textos da Ana Lidia e do Allun, vi que preciso reconsiderar minha técnica de natação. Tenho um ótimo deslize, com braçadas longas e otimizadas; muito bom para nadar em piscinas, mas ineficientes para no mar.
Bem, obviamente notamos todos aqui que da prova que é bom mesmo não tem quase nada até agora nesse post...
Eu sou mais ou menos aquele tipo que você encontra na rua e pergunta "Fala manú, tudo bem?"
Ai o sujeito acha que a pergunta é para ser respondida de verdade e começa a contar todos os problemas da vida dele...:-)))))
Indo mais direto ao assunto então (juro que vou tentar).
A prova lá do Rio é uma coisa simples, nada muito diferente da provas americanas pelo que vi em Miami.
A diferença é o Estadual é mais "caseiro", no sentido que atrasos são tolerados para a entrada na transição, não há pintura de número, a demarcação da largada da natação é meio que "no grito" ( tem um cara fica gritando "pessooooaaaallll, a largada é aquiiiiiiii"), não tem hidratação no percurso do pedal e chip apenas na corrida.
Isso é um problema? Olha, se você encara o evento a partir de um ponto de vista hiper-super-ultra competitivo e se atém aos detalhes, provavelmente vai ver uma série de problemas que eu não vi.
Só que se a sua perspectiva é nadarpedalarcorrer em um dos lugares mais lindos do mundo, com pessoas simpáticas e amigas, além de triatletas com um ótimo nível...bem, então você vai gostar demais da prova, como eu gostei
Na verdade, o Estadual do Rio está no meio do caminho entre simples, baratas e charmosas "provas comunitárias" que se encontra muito na Europa, sobretudo na Inglaterra, e um evento como o Troféu Brasil, nos moldes em que ele é realizado hoje.
E me parece que funciona. Só que, atenção: ano passado foram 100 inscritos da primeira etapa, contra 400 em 2012.
O aumento do número de inscrições no futuro pode trazer estrangulamentos, fazendo-a pagar o preço pelo seu próprio sucesso. Ai o formato vai ter que mudar um pouco...
E como foi a prova mesmo?
Ah, sim...:-))))
A minha natação continua teimosamente estacionada e não acompanha e evolução na bike na corrida. Sai forte, perto da água e desta vez não me confundi em relação as bóias.
Tomei apenas uma bolacha no rosto, na segunda perna das duas voltas, quando o pessoal já está mais disperso. Na hora fiquei bravo, mas o camarada pediu desculpas e, olha, quer saber? Nem doeu tanto...:-))))
Depois do último número da Revista do MundoTri, sobretudo os textos da Ana Lidia e do Allun, vi que preciso reconsiderar minha técnica de natação. Tenho um ótimo deslize, com braçadas longas e otimizadas; muito bom para nadar em piscinas, mas ineficientes para no mar.
Vou começar a rever isso imediatamente.
O pedal são duas voltas, sendo a maior parte dele feito na Perimetral. O pessoal falou tanto dosespaçadores na pista e nos "buracos" que até fiquei preocupado. Só que para quem está acostumado com as condições do pedal no TB, principalmente ali perto do Porto, realmente o problema para um cara de fora é beeeeemmmmm menor que os meus amigos do Rio estão achando.
Ah, sim. Prova pequena que vai crescendo chama algumas pragas, tais como os pelotões. Poucos, mas havia. Como disse o Rodrigo indignado "Se o cara quer fazer uso do vácuo, porque não faz a inscrição no sprint do estadual, em que é permitido andar na roda?"
A fiscalização atua, mas não sei se houve punições ou se elas são suficientes. Como diz o Marlus, talvez fosse o caso de eliminar o sujeito das provas e não permitir a inscrição nas outras. Não sei se é possível (acho que não há meios legais para isso), mas eu concordo com ele.
Pedalei o tempo todo muito pesado e dei uma "quebrada" no último terço da prova. Sem dúvida aquilo já era o sinal dos treinos pesados da semana, embora quando voltei para o aterro minha pernas já estavam ok.
Fiz uma transição rápida e sai para correr com uma desenvoltura que me surpreendeu - eu praticamente "sprintei" no ínicio.
Mas recuei.
Sei lá, acho medo. Medo de sofrer muito na corrida e quebrar.
Essa semana li um artigo an Inside Triathlon sobre o David Scot. E lá pelas tantas o texto tem uma hipótese bem interessante sobre isso. Em uma época em que não tinha túnel de vento e não tinha "método de treinamento" entre tantas outras coisas, como esse cara fez marcas incríveis?
Segundo do Matt Fitzgerald, autor do texto, o grande diferencial, "que não poderia ser roubado" do David Scott é que ele topava com o sofrimento de frente sem arregar. E se esse domínio da dor pode ter aspectos genéticos ou fisiológicos, ele recusa a hipótese de que se trata apenas de uma capacidade inata ao indivíduo. Ela pode ser desenvolvida com a persistência.
E existem algumas "manobras mentais" que ele descreve para isso. Lembro também que o Torbjorn Sindbale sempre ressalta a importância de fazer duros treinos de Time Trial curtos, mas intensos, para se aprender a domar o sofrimento.
Outra coisa é que tenho que perder o medo de me arriscar. Uma coisa que se discute muito no Ironguides é que tem uma hora que você tem que sair da sua zona de conforto e tentar i rum pouco mais além - mesmo que isso tenha um custo.
Pois se não der certo, isso faz parte do jogo. Só que o medo do "fracasso" nos impede de ver isso, não é? Nós, amadores, temos uma cultura do "desistir jamais" que os caras da elite, não tem.
Bom, voltando....(acho que pela terceira, quarta ou quinta vez que tento voltar para o assunto mais importante aqui, que é a prova!)
Aproveitei também para correr com o MV2 da Newton, o tênis "minimalista" da marca. Venho treinando com ele algumas vezes e até um longão fiz com esse modelo.
Embora a grande maioria das pessoas ache que o Newton é um tênis cujo diferencial é favorecer o pouso do pé de forma chapada, na verdade ele não se diferencia das outros marcas por esse motivo.
Mas não vou falar sobre o Newton, não. Vamos aproveitar aqui para esclarer algumas coisas.
Primeiro, assim: "tênis minimalista" é um nome que tem sido usado para calçados de corrida que são muito diferentes.
E ai, depois de definido isso, pode-se escolher o tênis da sua preferência: Newton, Minimus, Hattori....
Agooooorááááá...onde a gente estava mesmo???? ;-))))
Ahhh, a corrida!
Entrei na corrida mas logo vi que não havia sinalização de quilometragem. Como não sou usuário de GPS, meu ponto de referência era o Rodrigo, que estava fazendo a prova.
Como ele estava na minha frente, se ele descia, eu tinha que descer. Se ele descia, mas depois subia, então eu tinha que descer, mas depois subir novamente.
Outro ficaria estressado, né? Mas eu estava lá curtindo e aproveitei para correr com um grupo de corredores puxado pelo Alexandre Vasconcelos.
Ele me passou, imprimiu uma ótima passada e fomos atrás, as vezes revezando um pouco quem ia a frente.
Ai, talvez no últimos 800 metros, perguntei a ele se estávamos a frente do último retorno e depois era a chegada. Ele disse que sim.
Nesse instante achei que aquele final estava "molezinha" e o tempo tinha passado mais rápido do que tinha pensando.
Acelerei o ritmo deixando o Alexandre um pouco atrás (ou, o que é bem mais provável, ele tenha escolhido ficar um pouco distante) e, como estava com gás, mirei em alguém na frente e fui. Nem pensei mais no meu companheiro de prova.
Mas faltando dez metros só ouvi as passadas de alguém acelerando...
Advinha....
Estiquei a passada, acelerei, bufei, cuspi, gritei....bom, dá para imaginar o Pateta com aquelas pernonas dando um sprint com bermuda de triathlon?
Era eu...
E ele me deu na cabeça com a maior categoria.
Obviamente, mais uma coisa que eu tenho que aprender é saber disputar com quem é melhor do que eu; pelo menos tentar explorar meus pontos mais fortes antes de chegar nesse limite. Se ele fosse da minha categoria, eu teria perdido uma posição importante.
Portanto, para as próximas aprendi que para um cara sem velocidade de sprint, o melhor é caprichar na velocidade média e desgastar o outro na perseguição.
Agora, se o cara for bom tanto em uma coisa, como em outra...
Ai não tem Cristo que ajude mesmo.
Em resumo...bom, espera - esse texto fala de tanta coisa que eu já perdi a noção do que é tenho que resumir.
Bom, a prova foi legal. Deu 1:21 e um pódio com o quinto-lugar na categoria, assim como deu uma baita vontade de voltar lá de novo.
Sei lá, acho medo. Medo de sofrer muito na corrida e quebrar.
Essa semana li um artigo an Inside Triathlon sobre o David Scot. E lá pelas tantas o texto tem uma hipótese bem interessante sobre isso. Em uma época em que não tinha túnel de vento e não tinha "método de treinamento" entre tantas outras coisas, como esse cara fez marcas incríveis?
Segundo do Matt Fitzgerald, autor do texto, o grande diferencial, "que não poderia ser roubado" do David Scott é que ele topava com o sofrimento de frente sem arregar. E se esse domínio da dor pode ter aspectos genéticos ou fisiológicos, ele recusa a hipótese de que se trata apenas de uma capacidade inata ao indivíduo. Ela pode ser desenvolvida com a persistência.
E existem algumas "manobras mentais" que ele descreve para isso. Lembro também que o Torbjorn Sindbale sempre ressalta a importância de fazer duros treinos de Time Trial curtos, mas intensos, para se aprender a domar o sofrimento.
Outra coisa é que tenho que perder o medo de me arriscar. Uma coisa que se discute muito no Ironguides é que tem uma hora que você tem que sair da sua zona de conforto e tentar i rum pouco mais além - mesmo que isso tenha um custo.
Pois se não der certo, isso faz parte do jogo. Só que o medo do "fracasso" nos impede de ver isso, não é? Nós, amadores, temos uma cultura do "desistir jamais" que os caras da elite, não tem.
E engraçado é que eles vivem disso.
Já nós, do age group, somos capazes das maiores insanidades para cruzar uma linha de chegada.
Já nós, do age group, somos capazes das maiores insanidades para cruzar uma linha de chegada.
Veja, não estou vendendo a idéia de que as pessoas, frente a qualquer dificuldade, devem desistir. Não é isso...
Mas, vem cá: não é mais madura uma pessoa que admite que hoje "não deu" depois de ter se esforçado ao máximo do que outra que corta na própria carne, talvez com medo de decepcionar a si mesma ou aos outros?
É corajoso um atleta que tem medo de não se perdoar?
Mas, vem cá: não é mais madura uma pessoa que admite que hoje "não deu" depois de ter se esforçado ao máximo do que outra que corta na própria carne, talvez com medo de decepcionar a si mesma ou aos outros?
É corajoso um atleta que tem medo de não se perdoar?
Bom, voltando....(acho que pela terceira, quarta ou quinta vez que tento voltar para o assunto mais importante aqui, que é a prova!)
Aproveitei também para correr com o MV2 da Newton, o tênis "minimalista" da marca. Venho treinando com ele algumas vezes e até um longão fiz com esse modelo.
Embora a grande maioria das pessoas ache que o Newton é um tênis cujo diferencial é favorecer o pouso do pé de forma chapada, na verdade ele não se diferencia das outros marcas por esse motivo.
Mas não vou falar sobre o Newton, não. Vamos aproveitar aqui para esclarer algumas coisas.
Primeiro, assim: "tênis minimalista" é um nome que tem sido usado para calçados de corrida que são muito diferentes.
Segundo: nem todos os tênis que favorecem a pisada chapada são minimalistas strictu senso.
O Newton Race ou Trainer, por exemplo, são tênis que favorecem a pisada do pé no estilo "barefoot", mas são lighweights e, importante, tem amortecimento.
Mas, claro, não é o mesmo amortecimento que esses "tijolos" de seiscentas pilas que são empurrados para você por vendedores treinados pelas próprias marcas nas lojas de triathlon ou nessas "lojas conceito" com decoração clean, em que o tênis tem status de celebridade e o atleta é um adorno, digamos, opcional.
A única coisa em comum em relação a esses todos esses tênis é que não há um desnível grande no solado com um calcanhar mais alto.
O MV2 da Newton está muito mais para um tênis "flat" do que para um minimalista - na minha opinião, a gente abusa do termo e pode achar que está usando um calçado "minimalista" quando não está.
Quem quiser ter uma bom apanhado dessa discussão, recomendo o sitio da Slowtwitch.
Mas antes de discutir tênis eu pensaria em antes definir o jeito que se corre. Depois vem o tênis.
Ou, como bem definiu o Fernando Quirino no Ironbrothers, primeiro vem o "método", depois segue o pacote.
Para quem tem a pisada chapada (ou quer ter), segue métodos especificos de corrida, como o Pose, Natural Running, Chi Running ou segue a cartilha das passadas curtas defendida por assessorias com o Ironguides, esses tênis realmente ajudam.
O Newton Race ou Trainer, por exemplo, são tênis que favorecem a pisada do pé no estilo "barefoot", mas são lighweights e, importante, tem amortecimento.
Mas, claro, não é o mesmo amortecimento que esses "tijolos" de seiscentas pilas que são empurrados para você por vendedores treinados pelas próprias marcas nas lojas de triathlon ou nessas "lojas conceito" com decoração clean, em que o tênis tem status de celebridade e o atleta é um adorno, digamos, opcional.
A única coisa em comum em relação a esses todos esses tênis é que não há um desnível grande no solado com um calcanhar mais alto.
O MV2 da Newton está muito mais para um tênis "flat" do que para um minimalista - na minha opinião, a gente abusa do termo e pode achar que está usando um calçado "minimalista" quando não está.
Quem quiser ter uma bom apanhado dessa discussão, recomendo o sitio da Slowtwitch.
Mas antes de discutir tênis eu pensaria em antes definir o jeito que se corre. Depois vem o tênis.
Ou, como bem definiu o Fernando Quirino no Ironbrothers, primeiro vem o "método", depois segue o pacote.
Para quem tem a pisada chapada (ou quer ter), segue métodos especificos de corrida, como o Pose, Natural Running, Chi Running ou segue a cartilha das passadas curtas defendida por assessorias com o Ironguides, esses tênis realmente ajudam.
E ai, depois de definido isso, pode-se escolher o tênis da sua preferência: Newton, Minimus, Hattori....
Agooooorááááá...onde a gente estava mesmo???? ;-))))
Ahhh, a corrida!
Entrei na corrida mas logo vi que não havia sinalização de quilometragem. Como não sou usuário de GPS, meu ponto de referência era o Rodrigo, que estava fazendo a prova.
Como ele estava na minha frente, se ele descia, eu tinha que descer. Se ele descia, mas depois subia, então eu tinha que descer, mas depois subir novamente.
Outro ficaria estressado, né? Mas eu estava lá curtindo e aproveitei para correr com um grupo de corredores puxado pelo Alexandre Vasconcelos.
Ele me passou, imprimiu uma ótima passada e fomos atrás, as vezes revezando um pouco quem ia a frente.
Ai, talvez no últimos 800 metros, perguntei a ele se estávamos a frente do último retorno e depois era a chegada. Ele disse que sim.
Nesse instante achei que aquele final estava "molezinha" e o tempo tinha passado mais rápido do que tinha pensando.
Acelerei o ritmo deixando o Alexandre um pouco atrás (ou, o que é bem mais provável, ele tenha escolhido ficar um pouco distante) e, como estava com gás, mirei em alguém na frente e fui. Nem pensei mais no meu companheiro de prova.
Mas faltando dez metros só ouvi as passadas de alguém acelerando...
Advinha....
Estiquei a passada, acelerei, bufei, cuspi, gritei....bom, dá para imaginar o Pateta com aquelas pernonas dando um sprint com bermuda de triathlon?
Era eu...
E ele me deu na cabeça com a maior categoria.
Obviamente, mais uma coisa que eu tenho que aprender é saber disputar com quem é melhor do que eu; pelo menos tentar explorar meus pontos mais fortes antes de chegar nesse limite. Se ele fosse da minha categoria, eu teria perdido uma posição importante.
Portanto, para as próximas aprendi que para um cara sem velocidade de sprint, o melhor é caprichar na velocidade média e desgastar o outro na perseguição.
Agora, se o cara for bom tanto em uma coisa, como em outra...
Ai não tem Cristo que ajude mesmo.
Em resumo...bom, espera - esse texto fala de tanta coisa que eu já perdi a noção do que é tenho que resumir.
Bom, a prova foi legal. Deu 1:21 e um pódio com o quinto-lugar na categoria, assim como deu uma baita vontade de voltar lá de novo.
E eu vou....